Tomada de posse dia 7 de Novembro.
A notícia do Diário Económico pode ser lida aqui e outra mais detalhada d’O Independente (não se esqueçam de dar um desconto) publica-se em anexo.
"Direcção do INE toma posse segunda-feira
Pedro Dias, do Instituto de Informática e Estatística da Segurança Social, e Helena Cordeiro, assessora do Departamento de Prospectiva e Planeamento, vão acompanhar Alda Carvalho
Luís Gonçalves
lgoncalves@oindependente.pt
A nova direcção do Instituto Nacional de Estatística (INE) vai finalmente tomar posse na próxima segunda-feira, confirmou o gabinete do ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, que tutela o instituto. Termina desta forma quase um mês de indefinição na gestão do INE.
A futura presidente, Alda Carvalho, deixa assim a presidência do Departamento de Prospectiva e Planeamento (DPP), e irá ter como vogais da direcção Pedro Dias, actualmente vogal do conselho directivo do Instituto de Informática e Estatística da Segurança Social, e Helena Cordeiro, assessora do DPP.
O gabinete de Silva Pereira justificou o atraso na tomada de posse da equipa de Alda Carvalho — que estava nomeada há quase um mês —, pelo envolvimento da presidente do DPP na elaboração do Orçamento do Estado para 2006.
A demora estava a deixar o INE "em suspenso", segundo confessou uma fonte interna do instituto. A direcção, liderada por José Mata, secundada pelos vogais Fernando Chau e António Almeida, continuava em funções apesar de se ter demitido no passado dia 10 de Outubro. No mesmo dia em que Pedro Silva Pereira nomeou Alda Carvalho.
Em funções. A inquietação dos trabalhadores do INE espelhava-se pelo facto de se saber que a futura responsável do instituto se mantinha a "100 por cento" na presidência do DPP. A 14 de Outubro, quatro dias após a sua nomeação para o INE, o Conselho de Ministros designava como representante efectivo do Governo no Conselho Económico e Social a própria Alda Carvalho, enquanto presidente do DPP.
O gabinete do ministro da Presidência assegurou que o INE nunca se encontrou sem direcção. Contudo, fonte interna do instituto referiu que a equipa de José Mata se encontrava em mera "gestão corrente", enquanto outra fonte sublinhou que a sua acção se reduzia a um "sistema rotativo" em que cada membro da direcção vai ao INE trabalhar "duas ou três horas por dia".
O facto de os mais de 750 trabalhadores passarem um mês sem serem informados de quando teriam uma nova direcção começou a levantar a suspeita de que algo de anormal se passava. Nas duas anteriores administrações, a de Paulo Gomes e a de José Mata, o período entre a nomeação e a tomada de posse não foi além de uma semana. "Esta indefinição não era sustentável por muito mais tempo", advertiu fonte próxima.
História repete-se. A história recente das administrações do INE tem sido tumultuosa. Paulo Gomes foi demitido pela tutela quando Durão Barroso era primeiro-ministro e José Mata decidiu bater com a porta após divergências com Pedro Silva Pereira. Em todo o historial do instituto, estas foram as duas únicas administrações que não terminaram os respectivos mandatos, de três anos. E foram consecutivas."
O Independente, 04 Nov 2005