Segue série de posts particularmente dedicados aos leitores que tenham predilecções conspirativas, tentando contribuir para desmistificar algumas teses mirabolantes que prepassam, nomeadamente pela Grande Loja.
Dediquemos este post às questões processuais que são fulcrais na criação da conspiração (bem mais do que os números efectivos das variáveis económicas estimadas).
Divulgação dos destaques do INE:
Há vários anos o INE divulga os seus destaques do dia em duas horas precisas: ou às 11 horas ou às 15 horas. Ontem não foi diferente. Aliás o destaque das contas trimestrais é quase sempre divulgado às 15 horas (salvo quando a difusão cai após um feriado) uma vez que no período da manhã há uma reunião no INE entre os membros da seccção do concelho superior de estatística (que inclui grosso modo todos os parceiros sociais), reunião destinada a comentários e esclarecimentos sobre os dados a divulgar. Note-se que os membros da secção (juntamente com o governo) têm acesso aos dados na véspera e aparentemente têm sido muito esporádicas as fugas de informação por esta via. Impressionante num país como o nosso, não Manuel?
Disponibilização à imprensa:
Tem existido um acordo de cavalheiros entre o departamento de difusão do INE e a comunidade de jornalistas que tem passado por o INE fazer chegar à imprensa os ditos destaques com alguma antecedência face à sua divulgação à hora certa para que estes tenham preparados comentários ou notícias relativas ao assunto em questão nos destaques do dia, podendo assim divulgar o que bem entenderem no minuto seguinte à difusão no site do INE.
Ontem o Jornal de Nogócios (on-line) terá violado esse acordo pondo em causa a sua continuidade. Não faço ideia de qual vai ser a política do INE depois desta quebra de acordo.
Concretamente sobre as datas de difusão:
Além do que já escrevi ontem (neste post) chamo a atenção para o calendário de difusão permanentemente actualizado que se encontra disponível no site do INE (aqui) e que antecipa as divulgações previstas nos mês corrente e nos dois meses seguintes.
Tão simples quanto isto.
Não vá o diabo tece-las e porque não faz mal repetir, deixem-me acrescentar o seguite:
O conteúdo dos posts passados, presentes e futuros divulgados no Adufe responsabilizam-me exclusivamente a mim e não traduzem de forma alguma qualquer tipo de posição oficial do INE ou coisa que o valha.