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Costas largas

“(…) Como a memória não é curta, só há uma leitura possível: a alternância democrática diz-nos que os nossos governantes, sem excepção, há muito que nos andam a esconder a verdade. Dito de outra forma, não são confiáveis.

E isso, uma vez mais, é muito mais danoso para o país do que qualquer derrapagem do défice público. Lança a suspeição sobre todo o sistema – qual é, afinal, o papel do INE, a entidade independente que deveria certificar as informações enviadas para Bruxelas?

Lança a suspeição sobre o país porque, na União Europeia, na Comissão e no Ecofin, Luís Campos e Cunha vai ter alguma dificuldade em convencer que, ao contrário de todos os outros ministros das Finanças, só ele vai respeitar a verdade orçamental. (…)”

Sérgio Figueiredo no Canal de Negócios

2 replies on “Costas largas”

É bastante pertinente a questão do Sérgio Figueiredo.
Aliás, não só é interessante perceber como valida o INE as contas há vários anos, como é interessante tentar compreender como o Eurostat as aceita.
Para além disso, a que informação adicional teve o Governador do Banco de Portugal acesso agora que anteriormente não tinha, para que tenha ficado tão surpreendido com os verdadeiros números do défice?

Definitivamente, Sérgio Figueiredo acertou em cheio na mouche, o maior défice em Portugal é de credibilidade das instituições…

Há uma coisa que eu não percebi. Se o que está em causa é o défice de 2005 (e não a informação sobre o de 2004 já validade pelo INE + Bando de Portugal), a que propósito é que o INE vem à berlinda?
De qualquer forma vou tentar educar-me com mais detalhe no que se refere ao papel do INE.

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