“(…) Como a memória não é curta, só há uma leitura possível: a alternância democrática diz-nos que os nossos governantes, sem excepção, há muito que nos andam a esconder a verdade. Dito de outra forma, não são confiáveis.
E isso, uma vez mais, é muito mais danoso para o país do que qualquer derrapagem do défice público. Lança a suspeição sobre todo o sistema – qual é, afinal, o papel do INE, a entidade independente que deveria certificar as informações enviadas para Bruxelas?
Lança a suspeição sobre o país porque, na União Europeia, na Comissão e no Ecofin, Luís Campos e Cunha vai ter alguma dificuldade em convencer que, ao contrário de todos os outros ministros das Finanças, só ele vai respeitar a verdade orçamental. (…)”
Sérgio Figueiredo no Canal de Negócios