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Palavras dos Outros Religião

Sem assobiar para o ar

Sobre o assunto "casamento de homossexuais" hoje colocado na agenda, convém não perder a prosa de José Pacheco Pereira. Resisto a citá-lo pois para ser justo teria de aqui colocar o texto na íntegra. Convido assim os leitores (mesmo os alérgicos) a seguirem a ligação e convido-os ainda a reflectirem um pouco antes de atirarem umas pedras…

 

8 replies on “Sem assobiar para o ar”

interessante a ligação aos direitos à poligamia. eu reforço com o direito ao incesto.

sim, quanto ao comentário, os homossexuais têm direito a ser conservadores. todos o têm. é a velha questão piscicola, onde começa o rabo e termina a boca, e vice-versa

O casamento efectuado perante o estado trás benefícios e seguranças monetárias, para além de reconhecimento legal, que outro tipo de casamento não o faz.

A pergunta será: deverá o estado beneficiar um casal? E porquê?

Até ao momento o estado define como política que, em caso de morte, o marido/mulher tem sempre direito à herança (protecção do conjugue).

Esta política aparece essencialmente para salvaguardar a mulher principalmente na época em que não trabalhava.

No caso de um casal homosexual o único processo de salvaguardar a defesa do parceiro é através de um testamento mas mesmo assim a lei não contempla os mesmos direitos para o casal.

No caso de uma cultura polígama é difícil através da lei actual, em Portugal, protegê-los economicamente a todos.

Sendo o estado laico, não deveria condenar qualquer tipo de religião (permitindo religiões polígamas) e não deveria imiscuir-se na opção sexual de cada um, a meu ver, pois o estado tem de manter a legalidade mas não a moral de cada um.

Claro que eles têm direito a ser conservadores. Tanto têm que a Lena e a outra foram ter com o conservador :)). Uma coisa o sacerdote JPP não tem razão, é que não é só o dever de fidelidade que está em causa com o casamento, são muitos e importantes efeitos patrimoniais sobre os cônjuges, nomeadamente, ao nível sucessório. O JPP devia inforemar-se melhor antes de falar …

O casamento efectuado perante o estado trás benefícios e seguranças monetárias, para além de reconhecimento legal, que outro tipo de casamento não o faz.

A pergunta será: deverá o estado beneficiar um casal? E porquê?

Até ao momento o estado define como política que, em caso de morte, o marido/mulher tem sempre direito à herança (protecção do conjugue).

Esta política aparece essencialmente para salvaguardar a mulher principalmente na época em que não trabalhava.

No caso de um casal homosexual o único processo de salvaguardar a defesa do parceiro é através de um testamento mas mesmo assim a lei não contempla os mesmos direitos para o casal.

No caso de uma cultura polígama é difícil através da lei actual, em Portugal, protegê-los economicamente a todos.

Sendo o estado laico, não deveria condenar qualquer tipo de religião (permitindo religiões polígamas) e não deveria imiscuir-se na opção sexual de cada um, a meu ver, pois o estado tem de manter a legalidade mas não a moral de cada um.

Assumindo-me como alérgico, fico com a impressão que se se estivesse a defender o casamento de homossexuais no seio da Igreja o JPP escreveria que era um atentado às liberdades religiosas e o diabo a quatro.
Quanto ao resto, chamar conservador a quem defende o casamento de homossexuais é uma bonita falácia. Não se defende que os homossexuais devam casar; defende-se que os homossexuais possam casar. Muito diferente. Não é por se autorizar o casamento homossexual que a diversidade vai ficar prejudicada. E se for assim tão prejudicial, JPP que defenda pura e simplesmente o fim do casamento civil. Está a prejudicar a diversidade heterossexual há séculos.

“Convido assim os leitores…”
Tão cedo não me voltam a enganar outra vez com o JPP.

Não sou nem contra nem a favor. Acho que cada um sabe de si. No entanto, sabendo da influência da Igreja nesta matéria e da pressão que ela exerce para adiar/impossibilitar o mais possível adequeação legal que enquadre estes casos, bem podemos dizer que:
“CADA UM SABE DE SI E DEUS SABE DE TODOS MENOS DESTES”

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