Pode não perceber nada de futebol mas o treinador do Sporting… é ele.
Quando colocou o terceiro central (por troca com Liedson) o que restava da equipa desapareceu. A tremedeira instalou-se na até então segura defesa e Peseiro passou o resto do jogo a dançar freneticamente um demasiado habitual fandango em frente ao banco dos suplentes.
Já depois disso Paíto (extremo esquerdo) chegou a ser visto a… fazer a dobra a um dos centrais.
O Sporting deixou de conseguir o mínimo de perigo no ataque.
Leidson saiu de trombas directo ao balneário, Peseiro ouviu alguns dos maiores apupos de sempre em Alvalade.
And guess what? O Sporting ganhou e isolou-se no segundo lugar. Ganhou mesmo?
Salvaram-se Tonel, Polga e Nelson (garantes máximos do resultado e diferença substancial face à época passada) secando o fraco ataque dos 10 do Bonfim; Deivid, mais pelo inconformismo e pelo golo do que pelo entrosamento com os colegas e Paíto que entrou a substituir Tello (lesionado). Note-se que Paíto já aqui apelidado pouco caridosamente de “nódoa” no ano passado, fez uma das melhores exibições de sempre: excelente passe para golo e teimosia quanto baste a atacar, apesar de nunca se ter entendido com Wender (entrou aos 52m da 2ª parte). Com um Vitória ultra defensivo o ataque do Sporting raras vezes foi além de uma imensa bagunça.
Bem vistas as coisas, desde a goleada ao Boavista no ano passado quantas vezes mais não teve o povo sportinguista de sofrer em sua casa até ao último minuto?
Avizinham-se dois jogos provavelmente fáceis, adivinha-se que o balão de Peseiro possa resistir mais um pouco se superar essas etapas. Mas posto isso, não é com exibições destas que poderemos sonhar com um horizonte verde e branco. Atrevo-me a dizer que alguns largos milhares de sportinguistas ficaram com muito pouca vontade de voltar a Alvalade depois desta vitória.
Terão de ser outros os motivos para andarmos alegres por estes dias.
Adenda: A ler “Outra vez??!“! No Terceiro Anel.
Adenda II: A ler “Que Tristeza” do Carlos Castro no Bonfim.
10 replies on “O cientista de Alvalade”
Já fiz um comentário no Bonfim (http://bom-fim.blogspot.com/) sobre esse miserável jogo.
Que tristeza.
há aqui uma reescrita da história (liedson não saíu de trombas, ia murmurando coisas sobre alguém…).
quanto ao demais peseiro disse, e bem, que a equipa se desorganizou e que ele necessitou de a reorganizar – daí a entrada de Beto. E que os adeptos pensam emotivamente enquanto ele pensa “racialmente”, perdão “racionalmente”. também esteve bem.
uma delícia
Tem razão caro jpt, como aliás se pode ler no texto do terceiro anel entretando aqui aconselhado. No momento, lá do alto da superior sul só deu para ver o Liedson ir direito ao balneário…
Não sei que raio de reorganização é se viu no Sporting depois da entrada de Beto. Fiquei com a nítida sensação de que aquela equipa nunca tinha feito um treino em conjunto tal o atabalhoamento, as paragens cerebrais as fintas sucessivas formando oito perfeitos. Enfim, um pesadelo de desperdício frente a um dos mais provaveis condidatos à descida de divisão do momento.
Também teve piada o Peseiro ter posto o Wender a aquecer a meio da primeira parte (entrou já durante a 2ª).Muito inspirador de confiança para a equipa que até nem estava a jogar (muito) mal.
Correcção: onde se lê “Com um Vitória ultra defensivo o ataque do Sporting raras vezes foi além de uma imensa bagunça”, deve ler-se “Com um Vitória ultra defensivo – a jogar com apenas 10 elementos desde a meia-hora da 1ª parte – o ataque do Sporting raras vezes foi além de uma imensa bagunça.”
É tudo. Obrigado pela atenção.
Subscrevo totalmente, apesar de não ser do Sporting, mas gostar muito futebol independentemente das cores.
Adoro estes treinadores de bancada que sabem tudo sobre o treino e sobre o jogo.
O treinador tem culpa de o levezinho ter passado a bola ao Marco Tábuas no penalty. E também é culpado das três ou quatro defesa de remates claros para golo do Moreto antes de ter sido expulso. E claro que também foi o professor Peseiro que foi responsável pelo facto de o Marco Tábuas ter defendido mais três ou quatro golos feitos, entre os quais o penalty.
Haja paciência!!!!!!!
Ontem estavam cerca de 30 mil destes treinadores em Alvalade, muito poucos conseguiram ver um jogo de futebol a avaliar pelo “saudação” final.
Talvez o pior mesmo seja a sensação de desintegração em vez de integração a cada jogo que passa.
È verdade que na bancada existiam muitos treinadores, mas existem sempre, e chegam até a aplaudir a equipa depois de uma derrota e a chamar o treinador de palhaço depois de uma vitória.
Esta massa associativa que o Sporting tem, é boa, e gosta de futebol, não se rende aos resultados, não gosta da mediocridade, não gosta de treinadores medrosos, não admite que a sua equipa jogando com mais um em sua casa e a ganhar, tenha um treinador que se entrega ao adversário e o convida a uma ponta final de comando.
Este clube precisa de um treinador inteligente, aliás merece-o. O Peseiro pode perceber muito de futebol, mas estou convencido que é um caso de marranço, pois o homem pelo que mostra no campo, é um vaga-ideia.
quanto à reorganização apenas transcrevia o homem que vê o jogo “racialmente”, perdão, “racionalmente”.
quanto ao liedson, tem razão, só depois li o 3ºanel (maldito nome) – aliás há lá um texto analítico sobre o modus futebolandi do actual sporting que muito se recomenda – o homem mudou, e isto está pior, não só por pior plantel
mas é como tudo, enquanto se ganhar…
Boa dica, esse outro texto do #º anel.