Pode não perceber nada de futebol mas o treinador do Sporting… é ele.
Quando colocou o terceiro central (por troca com Liedson) o que restava da equipa desapareceu. A tremedeira instalou-se na até então segura defesa e Peseiro passou o resto do jogo a dançar freneticamente um demasiado habitual fandango em frente ao banco dos suplentes.
Já depois disso Paíto (extremo esquerdo) chegou a ser visto a… fazer a dobra a um dos centrais.
O Sporting deixou de conseguir o mínimo de perigo no ataque.
Leidson saiu de trombas directo ao balneário, Peseiro ouviu alguns dos maiores apupos de sempre em Alvalade.
And guess what? O Sporting ganhou e isolou-se no segundo lugar. Ganhou mesmo?
Salvaram-se Tonel, Polga e Nelson (garantes máximos do resultado e diferença substancial face à época passada) secando o fraco ataque dos 10 do Bonfim; Deivid, mais pelo inconformismo e pelo golo do que pelo entrosamento com os colegas e Paíto que entrou a substituir Tello (lesionado). Note-se que Paíto já aqui apelidado pouco caridosamente de “nódoa” no ano passado, fez uma das melhores exibições de sempre: excelente passe para golo e teimosia quanto baste a atacar, apesar de nunca se ter entendido com Wender (entrou aos 52m da 2ª parte). Com um Vitória ultra defensivo o ataque do Sporting raras vezes foi além de uma imensa bagunça.
Bem vistas as coisas, desde a goleada ao Boavista no ano passado quantas vezes mais não teve o povo sportinguista de sofrer em sua casa até ao último minuto?
Avizinham-se dois jogos provavelmente fáceis, adivinha-se que o balão de Peseiro possa resistir mais um pouco se superar essas etapas. Mas posto isso, não é com exibições destas que poderemos sonhar com um horizonte verde e branco. Atrevo-me a dizer que alguns largos milhares de sportinguistas ficaram com muito pouca vontade de voltar a Alvalade depois desta vitória.
Terão de ser outros os motivos para andarmos alegres por estes dias.
Adenda: A ler “Outra vez??!“! No Terceiro Anel.
Adenda II: A ler “Que Tristeza” do Carlos Castro no Bonfim.