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Blogologia

Rua da Noite do Artifício, Nº 2008, Bissexto Esquerdo, Lisboa, Portugal

Duas propostas de memória para fechar o ano, a já clássica resenha do Memória Virtual e a triologia que nos é oferecida em jeito de colecção de entradas enciclopédicas disponível no A Origem das Espécies.
Boas entradas! Para o ano há mais.

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Cinema

Ver vezes sem conta – III

É engraçado pensar que os filmes que não me canso de rever não são necessariamente os meus favoritos. São os que mais me divertem ou entretêm. O critério foi: “quais os filmes que eu fico de propósito acordada até as tantas para (re)ver se vejo anunciado que vão passar na televisão”.

Casablanca, Michael Curtiz, 1942
O Umberto Eco já disse tudo sobre este filme por isso escuso de estar a inventar: “De acordo com os padrões estéticos actuais, Casablanca não é uma obra de arte. É uma amálgama de cenas sensacionais ligadas entre si de forma implausível; os seus personagens são psicologicamente inverosímeis, os seus actores estão cheios de maneirismos. Mas é um
fabuloso exemplo de discurso cinematográfico (…). Mais do que isso é um filme de culto. E quais são os requisitos para que um filme seja um objecto de culto? A obra tem ser amada. Tem de fornecer um mundo completo, para que os fãs possam citar personagens e episódios como se
fossem credos de um secto, um mundo privado, um mundo sobre o qual se fazer concursos de perguntas e respostas. E o conteúdo terá de apelar usando arquétipos.
” Tradução minha, assim um bocado livre.

Hannah and her Sisters, Woody Allen, 1986
Não é só por ser uma Woodyallenite convicta (ou não tanto, depois destes últimos filmes da tanga onde falta o personagem principal que é New York). É que a banda sonora é extraordinária. É que a procura de um significado para a vida através das várias religiões que o personagem do
Woody faz é das coisas que mais me fizeram rir na vida. É que a Dianne Wiest faz um papel fabuloso. Esteticamente, as cenas são lindas – o Outono em Central Park é sempre um bom cenário. É que graças a este filme, descobri o e. e. Cummings aos 13 anos quando o Michael Caine lê, com aquele sotaque e vozes maravilhosos, o “somewhere i have never travelled” – http://www.poets.org/viewmedia.php/prmMID/15401

Blazing Saddles, Mel Brooks, 1974
Dentro dos filmes cómicos parvos este dá-me especial prazer por ver o racismo gozado de forma tão in-your-face. E tal como o Casablanca tem uma série de frases altamente quotable: “Oh baby you’re so smart and they are so dumb.” – diz o Xerife negro para ele próprio depois de enganar de forma demasiado fácil os racistas da aldeia. E agora que me lembrei que o Gene Wilder entre neste filme, percebi quem é que este miúdo novo, o Owen Wilson, me lembra. É aquele tipo de cómico que por mais disparates que faça tem uma tristeza no olhar que perplexa.

The Blues Brothers, Frank Oz, 1980
Mais uma vez, banda sonora fabulosa, e mais do que isso, participações especiais do Ray Charles, Aretha Franklin, James Brown, Cab Calloway que transformam este filme no meu musical favorito. Sim, porque não me venham lá com histórias, que isto é um musical ainda que cheio de
perseguições automóveis das mais estapafúrdias. Frase favorita: “We’re on a mission from God.


Rear Window, Alfred Hitchcock, 1954

Gosto muito que se consiga fazer um filme excitante só olhando para as traseiras de um prédio. Faz-me lembrar a minha infância porque era capaz de passar horas à janela do prédio da minha avó que tinha umas traseiras muito movimentadas. Continuo a achar que as escadas de incêndio que há nos prédios mais antigos são essenciais ao convívio da vizinhança. E faz-me confusão que já não se chame traseiras e já não se façam “pátios” nem jardins. deve ser por causa das garagens. Detesto a palavra logradouro. Aliás, imagino sempre que a tradução portuguesa devia ser “Crime no Logradouro”.

Here’s looking at you, kid.

C

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Cinema

Os últimos minutos de Six Feet Under

E a Ana M. escolheu:

Magnólia, 1999, P.T. Anderson,

As pontes de Madison County, 1995, Clint Eastwood,

Fala com ela, 2002, Pedro Almodóvar,

As asas do desejo, 1987, Wim Wenders,

8 ½, 1963, Federico Fellini,

E se houvesse um espacinho para séries de televisão: O último episódio de Six Feet Under. “

Ora aqui está o fade out da série:

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Lisboa

Metropolitano de Lisboa: Alameda => Saldanha => São Sebastião da Pedreira

É a ligação que se segue que aumentará em eficiênca toda a rede do metropolitano: a linha vermelha ligará a linha amarela à azul. O Marquês de Pombal ficará mais desafogado e o tempo de viagem de muita gente será encurtado. A Carris, se tudo correr bem, perderá mais uns quantos passageiros em benefício do metropolitano. Circular em Lisboa por transportes públicos acabará por ficar mais barato.
Infelizmente também esta obra acumula atrasos. Neste momento, segundo estimativa disponibilizada pelo metropolitano a inauguração prevê-se para… Parece que não encontro a estimativa.
Por falar em Carris, com a abertura de novas estações as carreiras redundantes com o Metro são extintas ou reduzidas. No caso concreto do eixo Terreiro do Paço – Marquês de Pombal duvido que o metropolitanoa consiga dar vazão às enchentes em hora de ponta, particularmente quando a linha de Sintra voltar a ter o seu término no Rossio. Será apenas uma questão do comodidade ou poderemos ter mesmo uma lotação absoluta da capacidade? Haja flexibilidade para ajustar as soluções às exigências.

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Poesia e Música Video

Hoje não estreou um filme sobre Leonard Cohen

do álbum “The Future”, 1992

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Cinema

Ver vezes sem conta – I

E a Mafalda respondeu simpaticamente oa meu repto feito a cinco representantes de mais de metada da humanidade. Eis as suas “cinco” escolhas para filmes que não se cansa de rever.

Eu sou claramente uma rapariguinha de séries, mais do que de filmes, mas lançado o réptil, surgiram-me 6 em catadupa e agora não consigo retirar um! Ó meu amigo, deixa-me pisar o risco e não me obrigues a seleccionar! (Nota: tive que ir confirmar alguns realizadores, mas não me devo ter enganado)

Safe (1996, Todd Haynes)
Não sei se é o melhor filme que eu já vi. Até porque não sei o suficiente sobre cinema para o fazer, mas é claramente o filme que mais me tocou, aquele que me ocorre com mais frequência. Vi-o no cinema King há alguns anos e revi-o apenas uma vez na RTP2 há 2/3 anos no verão (estava eu no Algarve). Bom, muito bom!

Mary Poppins (1964, Robert Stevenson)
A história, a fantasia e a música. Doce.

Música no Coração (1965, Robert Wise)
E não é que nunca consigo de deixar de ficar ansiosa na altura da fuga?! Se as minhas expressões fossem registadas, eu diria que elas se repetem de cada vez que revejo o filme. Ternurento!

E.T. (1982, Steven Spielberg)

E não é que eu choro sempre quando ele se vai embora?! Amizade? É isto.

O Tigre e o Dragão (2000, Ang Lee)
Dever-se-ia traduzir por “Tigre agachado, Dragão escondido”, mas esta abreviatura deve ser mais facilmente memorizada, não sei. Não é uma história complexa, mas a conjugação do enredo, da mítica e das artes marciais, agradam-me e não me cansam.

As palavras que nunca te direi (1999, Luis Mandoki)
Pois é, eu que até nem me acho uma romântica… mas ele há coisas! A história, sim senhor, mas o que me toca são os sinais, os símbolos, o que realmente fica por dizer. E já agora, o filme não se fica atrás do livro ….

Upsss, já está!

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Cinema

Cinco filmes que ainda não me cansei de rever

O Nuno Guerreiro Josué da Rua da Judiaria desafiou-me a enumerar os meus 5 filmes. Recuso-me terminantemente a tal heresia, mas disponho-me a elencar os nomes de cinco filmes que ainda não me cansei de rever. Amanhã, se me pedirem, enumero outros cinco.

* Uma história simples, 1999, David Lynch (The Straigh Story)
* Em Busca de Nemo, 2003, (Banda Sonora em Português do Brasil), Andrew Staton e Lee Unkrich, (Finding Nemo )
* Intriga Internacional, 1959, Alfred Hitchcok (North by Northwest)
* Mister Smith Goes to Washington (1939) de Frank Capra
* Fantasia, 1940, Walt Disney.
Este último com um défice doloroso de visualizações.

E para seguir a cadeia vou pedir a cinco mulheres com e sem blogues que se atrevam a publicar as suas listas. Digamos que 5 filmes que ainda não se cansaram de rever:
Ana M.
Claudia D.
Mafalda F.
Jamila M.
Monica R.

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Viagens

Uma espécie de Cidra

Bem, parece que trouxe o frio comigo lá das terras do Apfelwein.

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Viagens

Rumo ao Meno

Quanto a mim, volto ao Meno, à mini-mega-cidade de Frankfurt.
Brrrrrrrrrrrrrr.

Frankfurt au MainFrankfurt au Main

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Blogologia

A Metamorfose está de volta

A Metamorfose está de volta chama-se agora Goodnight Moon faz parte da TubarãoEsquilo e é o novo projecto do João Jesus Caetano, vizinho desta esfera desde meados de 2003. Mais um regresso prometedor, num novo nodo da rede a visitar com regularidade. Bem-vindo João!
E como não há duas sem três, o José Mário Silva acumula funções apresentando-se, também na TubarãoEsquilo, como Bibliotecário de Babel.