Para complementar um pouco a discussão que se fez mais abaixo nos comentários do post “Masturbação assistida” recomendo a leitura do artigo “O combate ao tráfico e a repressão da prostituição” assinado por Alexandra Oliveira (FPsiologia UPorto) e Ana Lopes (School of Social Sciences, UEast London) na página 8 da edição de hoje do Público. Além do breve ponto da situação em Portugal recorrem ao exemplo recente de descriminalização do trabalho sexual acompanhada da criminalização da sua compra recentemente instituidos na Suécia para discutir um pouco a questão e as nossas omissões.
Categories
3 replies on “Vender sexo não é trabalho?”
Vou comprar. Avisa sempre sobre estas coisas, interessam bastante.
Este fim-de-semana pensei nestas questões a propósito de várias coisas:
-um programa que estava a dar ontem na 2, rescaldo da feira erótica, onde se dizia muita banalidade, muito lugar comum.
– uma breve, escondida no DN de sábado, penso,informando que a polícia tinha identificado e penalizado de alguma forma mais uma mão cheia de prostitutas, num bar qualquer na província – e de novo me ocorreu a questão que agora levantas, “descriminalização do trabalho sexual acompanhada da criminalização da sua compra”. Sinceramente, eu, a seguir modelos, seguia os suecos.
– uma pessoa amiga,do sexo feminino, ter-me contado ontem que foi abordada na rua por um prostituto que lhe oferecia préstimos, tendo ela ficado ofendidíssima, sobretudo porque ele a tinha considerado “uma velha caquética que já não era capaz de seduzir uns rapazes como ele, os que quisesse!”
É curioso que as mulheres, embora, cada vez mais, sejam consumidoras do “mercado” do sexo, se considerem ofendidas com a abordagem de um prostituto. Isso afecta a sua auto-estima. Mas não acontece com os homens. Nenhum homem se sente ofendido pelos mesmos motivos, que eu tenha conhecimento.
Desculpa a extensão do comentário. Vou comprar o jornal e depois logo escrevo alguma coisa, provavelmenge no meu. Um abraço.
entao nao ha material de apoio? digo, o artigozito copiado para aqui? 😉
Ajude-me lá a arranjar uma piratice do artigo para p Homem das Neves à Isabela, que eu não lhe posso valer. Pelo menos agora.
(o tom perante a “novidade” é bastante crítico – há qualquer coisa que não bate certo nessa peregrina ideia de descriminalizar e criminalizar).