Pois é caro António e Paulo, eu juro que não é ingratidão, mas o nosso presidente com sound bites destes «Portugal não pode ser só um museu» não ajuda a que eu me derreta definitivamente de amores… Mantenho-o mais cautelosamente na classificação “gajo porreiro” se me dão licença.
Com declarações destas até parece que temos algum movimento dominante de conservadorismo ou algum espírito ambientalista exacerbado particularmente empreendedor… As notícias mais marcantes de que me recordo em termos ambientais visam a abertura da Costa Vicentina ao avanço do imobiliário, a ocupação completamente desregrada e destrutiva da reserva natural da Serra da Estrela, a omissão sucessiva de estudos de impacte ambiental em obras do Estado, o atraso no cumprimento dos compromissos de controlo de poluição firmados pelo Estado Português, a extinção de espécies raras a nível mundial como o lince ibérico ou mesmo a ainda mais autóctone espécie das “Estações de correio” em diversos concelhos do interior do país…
Uma ruína não é um museu, caro presidente, por isso não o entendo nesse seu esquizofrénico afã. Só pode estar a falar em liberalizar ainda mais as possibilidade de edificado. Tem visto os números do INE que têm demonstrado sucessivamente a irracionalidade (em termos de desenvolvimento sustentável) vigente no sector da construção? Deve ser problema meu, de entendimento. Queira desculpar.
Parece que alguém andou a assustar o nosso presidente e ele acreditou! Mas é preciso andar distraído, muito distraído. Já agora, onde será que costuma tomar a sua bica?