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Hello, I love you, wont you tell me your name?

BebéUm indivíduo faz um donativo de esperma para uma clínica de fertilidade. Potencialmente poderá vir a ter uma prole infindável se o seu donativo tiver saída entre as clientes que recorram à clínica. O indivíduo só alinha no donativo (que é alguns países é remunerado) se lhe garantirem o anonimato eterno.
Então e se dois filhos biológicos deste indivíduo acabarem por casar na perfeita ignorância da sua herança genética?
Via A Origem das Espécies chego a esta notícia do Expresso “Gémeos proibidos de casar” que nos lembra como este cenário é provável ainda que no caso concreto tenha acontecido aparentemente sem ter havido sequer intervenção médica do foro fertilizante. A frase chave é:

“A criança tem todo o direito de saber a identidade dos seus verdadeiros progenitores. Casos como este podem repetir-se no futuro se as crianças não tiverem acesso à verdade.”

2 replies on “Hello, I love you, wont you tell me your name?”

É bastante improvável que nasçam gémeos que sejam separados à nascença no caso de fertilização artificial pois os gémeos têm que ter o mesmo pai e a mesma mãe… e no caso de fertilização é muito duvidoso que a mãe tenha alguma intenção de que os filhos não cresçam juntos. Quanto à situação de filhos do mesmo pai, com ou sem fertilização isso pode sempre acontecer, pois nem todas as pessoas sabem quem é o seu pai… lembro-me de um caso há uns meses, na Roménia se não estou em erro, de irmãos que casaram (ou só viveriam juntos, já não tenho a certeza) e até tinham filhos e tudo… mas estes estavam conscientes de que eram irmãos.
E no fundo, a questão não é mesmo a do casamento, pois não? é mais a de ter filhos…

Sim essa e o direito a cada criança de saber quem são os seus país genéticos. As novas formas de fertilização vêm potenciar um problema marginal que pode passar a ter outra dimensão. Conhecer a origem da herança genética (saber quem são os pais) é algo patrocinado hoje pela lei do país e deve continuar a ser assim. Uma coisa é a ingorância surgir de uma “fatalidade” outra é ser promovida socialmente. A doação de sémen não deve constituir uma excepção onde se permite o anonimato. Alguns direitos a quem nasce, por favor.

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