Podia-vos falar da viagem de comboio desde as berças, feita em 1ª classe por já não haver outras alternativas à boca da bilheteira, numa carruagem que era um autêntico berçário, não tanto pela efectiva profusão de petizes, mas pela “altitude” das temperaturas do ar condicionado; podia-vos falar da Estrela nevada, vista a uma distância segura (de avalanches de neve e de turistas); podia-vos falar de mais uma tentativa de compreensão do emparcelamento da Cova da Beira… Mas…
Ofereceram-nos uma rosa de ferro fundido, uma peça de fazer floretas, ou melhor filhós de floreta… Tentámos uma, duas vezes, com mais farinha… Com mais leite… Tirando e pondo o ferro a alta velociade no óleo, na massa, no óleo, ou então mais lentamente… Tentámos com o óleo mais quente… com o óleo mais frio… Desistimos!
Acabámos com um milhão de óvulos e alguns escassos espermatozoides na frigideira. Para não ferir susceptibilidades digo agora que temos uns deliciosos e aporteguesados Ampti Damptis para comer cá em casa! São servidos?…

Adenda: Agradeço ao LT pela dica e esclareço que sem sabermos o que fazer à massa que sobrara das tentaivas falhadas, juntámos mais um pouco de farinha, agarrámos numa colher e toca de despejar colheradas de massa para o óleo. Daí “nasceram” os “óvulos” quais Humpty Dumptys, autênticos sempre em pés que insistiam em só querer alourar de um lado por mais que os tentássemos virar para completar a fritura! Já os bichos cabeçudos, vulgo, espermatozoides (ou deverá ser ao contrário?) resultavam tão simplesmente das gotas de massa excedentárias que caiam inevitavelmente da colher. Foi só rir. Mas comem-se!

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