Não consegui comprar o Público hoje. Nem em Évora, nem em Lisboa. Quando soube que por lá havia uma chamada de primeira página para a situação no INE fiquei curioso mas já fui tarde pois a oferta de Fado ainda atrai muitos portugueses (acho que se oferecia um CD). Felizmente há internet.

Caros jornalista do Público, permitam-me pequenos reparos:
– há cinco direcções regionais no INE e não quatro.
– Ainda não foram dispensados todos os contratados a termo. Restam menos de 20 mas ainda há trabalhadores no INE com contratos a termos em locais chave para a produção de análise económica (como a Síntese Mensal de Conjuntura) que não têm ainda qualquer perspectiva de futuro (assim como os respectivos projectos).
– Ninguém disse que o número ideal de funcionário do INE seria de 280.
280 é um número de referência da Roland Berger para os funcionários que podem ser dispensados – neste momento há cerca de 780 trabalhadores no INE (menos 16% que em 2001, aproximadamente).

À parte estes detalhes, agradece-se que a comunicação social esteja atenta ao que se passa no INE. São fundamentais para garantir o equilíbrio no exercício do poder executivo, particularmente em instituições com as peculiaridades do INE. E já agora poupam-me a mim e outros que por lá andam de fazer aqui um melindroso – mas na minha opinião inteiramente legítimo e necessário – exercício de crítica/denúncia/esclarecimento.

Dito isto, ou melhor, apesar disto, chegou-me por mail a indicação – e o pedido de divulgação – de que surgiu na blogoesfera o blogue que afirma reflectir a posição dos trabalhadores do INE. Chama-se Extinção das Direcções Regionais – Posição dos Trabalhadores“.

Depois dos “Cordoeiros” (Ministério Público – recentemente desaparecidos), do “Jumento” (DGCI?) e do “Notas Verbais” (Ministérios dos Negócios Estrangeiros) surge agora uma proposta que pela amostra se propõe séria (a ler os 5 pontos que por lá surgem), oferecendo um complemento ao que nos chega pelos jornais. Para já pede-se esclarecimento.

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