A ler

Ainda a propósito disto recomendo "Critérios jornalísticos e anonimato" no Blasfémias.

Será um dos silogismos do João Miranda? Olhe que não… Até vou guardar em anexo para memória futura.

E guardo também esta outra nota no Gloria Fácil, que talvez tenha servido de pretexto ao João Miranda: "Notinha extra sobre fontes anónimas no jornalismo…"

1. Anónimo é aquele que não aparece na televisão ou não pertence ao circuito de amigos.

2. Uma opinião de uma figura pública não precisa de ser fundamentada, só precisa de ser de uma figura pública.

3. Como as figuras públicas não precisam de fundamentar a sua opinião para aparecer, a comunicação tende a propagar opiniões não fundamentadas, para não dizer ignorantes.

4. A informação não verificável atribuída a fontes não identificadas tem maior probabilidade de aparecer na comunicação social do que opinião anónima devidamente fundamenta. No entanto o valor da opinião pode ser avaliada sem se saber quem é o seu autor, enquanto a fiabilidade de informações não verificáveis só pode ser avaliada se se souber quem é o autor."

in Blasfémias 

"

Notinha extra sobre fontes anónimas no jornalismo…

…porque os cobardolas, além de cobardolas e evidentemente gente adoentada, parecem-me também, alguns, gente muito burrinha. Portanto, tentem decorar:
1. As fontes só são anónimas para os leitores das notícias;
2. As fontes não são anónimas para os jornalistas que as consultam.
3. Portanto, ser contra o anonimato cobarde na blogosfera política – ou seja, contra a opinião anónima – não implica ser contra a informação anónima. São coisas totalmente diferentes – e só gente muito burra é que as confunde. Sou radicalmente contra opiniões anónimas (e mais ainda quando o anonimato é instrumental para se poder ser insultuoso, ou seja, quando é instrumento de cobardia).
4. Enfim: admito perfeitamente que no jornalismo se recorra a fontes anónimas e até acho que o melhor jornalismo (o de investigação) só se consegue dessa forma."

in GLória Fácil