Discute-se se a ninfeta Scarlett deve ou não desnudar-se (linda palavra esta – desnudar-se, forte, promissora, dá o poder à mulher pois ninguém que não o próprio se desnuda, tem ainda o bónus de ser “ibérica”, um must por estes dias).
Esta prosápia sexual (prosápia faz-me sempre cócegas, põe-me a rir!) leva-me a uma velha discussão. Será o escritor uma figura pública, ou melhor, como devemos encarar a sua história de vida face à sua obra? Ignorar uma e apreciar a outra? Esperar que o dito morra para chafurdar (esta é nojenta mas muito apropriada ao que sinto em certas análise históricas sobre famosos desaparecidos) nas biografias e na “objectividade” do distanciamento temporal? Não prego retórica, pergunto apenas, subjectivamente. Imagino que até haja cadeiras universitárias sobre isto mas eu venho de económicas por isso perdoem-me (lá estou eu a contextualizar este escritor que vos interpela!).
Por exemplo. (Não se faz isto de por ali um ponto final mas está feito: por exemplo.)
Quão importante é saber se o nosso Fernando Pessoa alguma vez na vida got laid?
(Haverá alguma tese sobre o assunto?)