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Partido Socialista Política

PS: Nota final para preparar os dias seguintes

Sobre o discurso de ontem de António Costa, gostei da referência genérica a todo partido e compreendo não ter havido referência particular a Seguro. Fazê-lo exigiria entrar em níveis de hipocrisia que não acho saudáveis porque geradores de um momento claramente inverosímil para todos os que acompanharam a campanha (tendo ou não participado no ato eleitoral).
O discurso final de Seguro foi digno, sim senhor. Já o que fez e disse na campanha, nem de longe, nem de perto, e espero que uma das lições desta campanha para os próximos anos seja precisamente a de que há um caminho de confronto que não é curial nem proveitoso para quem o trilha. E que, no fundo, é profundamente indigno e destrutivo. Felizmente, provou-se, essencialmente, auto-destrutivo.
Dito isto, hoje é um novo dia, há que fazer para todos os que são militante, simpatizantes e eleitores potenciais e continuo a dizer o que dizia há meses em público e em privado: unido o PS pode ser o partido mais competente para governar o país. Como? Com todos os neurónios disponíveis, acarinhando a tarimba política (não sei AVANÇAR sem valorizar o saber acumulado e sem olhar com crítica CONSTRUTIVA sobre o passado coletivo) e combinando-a e equilibrando-a com a audácia dos que procuram além da ortodoxia nacional e internacional a reação sustentável a uma realidade complexa, que seja corretamente interpretada e publicamente exposta de forma a envolver todo o país.
Será por aqui que o PS poderá constituir-se como a melhor opção para os próximos governos do país, guiado pelo serviço aos interesses populares que desde sempre justificaram a sua existência e o seu papel na sociedade portuguesa.

Já temos um bom princípio…

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Política

Tudo volta a fazer mais sentido…

Imaginem um indíviduo que passou quase toda a sua carreira política a disputar internamente, no seu partido, o poder. O adversário era sempre o seu companheiro ou o seu camarada. Era sempre esse que se lhe opunha ao seu objetivo. Os políticos de outros partidos ou eram irrelevantes para a contenda interna ou eram inclusive aliados  partilhando com ele o inimigo comum.
Imaginem que um dia essa pessoa chega a uma posição na qual o adversário interno foi vencido e tem de se dedicar exclusivamente a opor-se àqueles com quem até ali, mais ou menos publicamente, tinha partilhado argumentos contra o adversário interno.
A tarefa adivinha-se difícil, até porque a narrativa dos agora adversários fora por ele partilhada durantes anos a fio e resumia-se a simplisticamente eleger como único culpado dos problemas em debate o seu antigo rival interno.
Ah que saudades de se poder virar contra o seu adversário habitual, o companheiro ou camarada que tantas vezes conseguira superar. E que energia ele recupera quando precisamente, perante a ineficiência da oposição aos adversários de outros partidos, o adversário interno ganha ânimo e volta a dizer presente e lhe disputa o poder. Tudo volta a fazer mais sentido, a genica perdida que alguns nunca viram publicamente ressurge e uma sensação de vitalidade preenche-o e enebria. Tal como nos bons velhos tempos…
Fim.

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Poesia e Música

Venho de colher um cravo, minha boquinha de riso

As armas do meu adufe não têm signo nem fronteira. Este é o lema de um verdadeiro beirão, cidadão do mundo. spoti.fi/1p8Cytn

Venho de colher um cravo #BeiraBaixa #Adufe ♫ Portugal: Macelada – Two elderly women with adufe accompaniment spoti.fi/1smPVfq

Minha boquinha de riso… #Adufe #BeiraBaixa ♫ Srª do Almortão – Ao Vivo – Zé Perdigão, Adufeiras da Idanha-a-Nova spoti.fi/1rX1Ja3

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Economia Política

Alguém que explique a Seguro a definição de carga fiscal

“Se a carga fiscal aumentar enquanto for primeiro-ministro demito-me”

ouvido ontem a António José Seguro (por memória)

 

Se Seguro não aumentar impostos mas o país entrar em recessão demite-se? Faz birra porque a economia não está a colaborar e outro que governe? Abandona o cargo quando mais preciso será ter rumo, sangue frio e estabilidade política? É que nesse caso – em recessão – a carga fiscal pode aumentar.

Será que conhece a definição de carga fiscal?

Vai a correr baixar impostos para cumprir a promessa de não subir a carga fiscal caso o PIB esteja a patinar mais depressa do que a recolha de impostos? Se sim de que despesa prescinde? E basta que a carga fiscal suba “um dia” durante o mandato para se demitir? Creio que é possível obter a carga fiscal oficial via INE com dois anos de desfasamento mas é possível estimar com mais frequência. Pode-se demitir logo ao final da primeira execução orçamental? Ou esta é daquelas promessas que como é dífícil de operacionalizar em tempo útil é só mais um chavão populista para competir com o Marinho e Pinto?

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Partido Socialista Pessoal

O que fazer no dia 29 de setembro?

O que fazer no dia 29 de setembro?
Hoje acho que o atual SG do PS dará um péssimo PM. No dia 29 de setembro de 2014 não vou ter uma opinião diferente. Convenci-me disso durante estes últimos cerca de dois anos, não é propriamente algo que mude num estalar de dedos ou numa noite eleitoral. Se a convição não fosse tão forte, talvez o dia seguinte me fosse mais simples mas no caso, pessoalmente, há pouco a fazer.
Se a maioria dos militantes e simpatizantes do PS escolher aquele que acho será um péssimo PM para o país para concorrer às legislativas pelo meu partido tenho duas opções. Aceitar democraticamente a escolha e respeitar os estatutos do PS ou não aceitar e ir à minha vida. Em todo o caso garanto que manterei os níveis de hipocrisia em valores compatíveis com o meu amor próprio, de que esta breve prosa é aliás uma pública promessa. É simples. Qual é o drama?
Até lá há uma campanha pelo melhor para o país e para o PS em que faço questão de me envolver. Tenham uma boa semana!