para tornar os dias mais leves
ânimo -para tornar os dias mais leves, palavra e combinação mágicas que nos acompanham há quase 30 anos.
Mais precisamente desde Abril de 1979.
Pequena revista em offset , primeiro, quando esta tecnologia deslumbrava aqueles que, como nós, vinham do desespero dos velhos stencils a cera, rasgados aqui e acolá, noite dentro, por meio de cansativo estilete, conheceria outras andanças, depois, como, em síntese, veremos!!!
Tendo como única ambição alcançar o “intercâmbio cultural entre os concelhos de Mação, Gavião, Abrantes, Sardoal e Constância”, distribuída de mão em mão pelos liceus, escolas e associações culturais de então, ousou chamar a atenção dos media da época e ainda assentou arraiais, por breves minutos, no FM do “Café Concerto”, da Antena 1, de Mário Figueiredo, Aníbal Cabrita e Maria José Mauperrin. António Reis, então secretário de Estado da Cultura ainda lhe deu uma mãozinha financeira para que o projecto perdurasse. Finou-se ao 10º número mas ressuscitaria tempos mais tarde navegando pelas ondas da Net.
Foi nome de Blog, atribuiu os primeiros e talvez únicos ânimos de ouro da blogosfera iniciante e que fizeram juntar à mesa da campolidense Valenciana gente que apenas se conhecia das esquinas dos tantos mails trocados. Para o primeiro encontro de Bloggers da Universidade do Minho ainda avançou com proposta radical que surpreenderia tudo e todos ao propor a revelação na net de todas as password que permitiriam, assim, que cada um entrasse e escrevesse no blogue do vizinho!
Temperado o ímpeto, a organização acabaria por reformular a proposta inicial e criaria, então, para o Encontro, um dos primeiros blogues colectivos de que houve memória.Foi da ânimo que veio, também, não duvidamos, hoje, o ânimo que alimentou as tantas emissões piratas de rádio e televisão.
A ânimo recolheu velas e desde há alguns anos permanece ancorada, algures, na Doca de um qualquer Bom Sucesso.
Nos últimos dias, a palavrinha mágica como que tomou de assalto o encapelado mar do quotidiano político português, onde, entre as constantes subidas do crude e os apelos às renovadas energias eólicas e outras mas bio-diabólicas, urgente se tornou qwertar aquilo a que na ânimo chamávamos “ os ânimos exaltados”, ou seja, dar pública nota de quem, a qualquer hora (ânimo na hora?!) em qualquer lugar, ousasse convocar as energias anichadas no sossego da palma da mão das suas cinco letrinhas: â-n-i-m-o.
Resultado de uma aposta, ontem, entre um jornalista acreditado em S.Bento e este animador, fora de serviço, em como José Sócrates recorreria à dita palavrinha na sua intervenção inicial do Debate sobre o Estado da Nação e eis que, dando cumprimento à referida aposta, ganha, aqui está esta amostra (parcial) de Uma Semana Louca de ânimos exaltados – a exaltação do ânimo – nos media portugueses!!!
NOTA FINAL
Não se assuste. A ânimo continua serena e tranquila num sono profundo mas…vigilante, como se vê, embora alguns amigos mais chegados vejam neste limpar de velas, uma espécie de distribuição da ânimo ao domicílio!!!
Muito obrigado.
Estamos a passar por uma fase de desânimo. Penso que as diversas forças deviam pôr-se de acordo para resolver a crise.
( D.José Policarpo, Rádio Renascença, 11.07.08 )
_________________________________________________
Para o presidente da Câmara do Porto, o projecto “tem um reflexo muito positivo no ânimo dos agentes económicos”, além de outros benefícios mais locais.
( Rui Rio, Oceanário Porto,Público11Julho08)
_________________________________________________
A situação, hoje, é de crise. Não só económica, essa já toda a gente a reconhece, mas também de crise social. isso, para um partido da democracia-cristã, obviamente, é algo de muito grave e exige um conjunto de respostas. Há uma situação de muito desânimo.
(Pedro Mota Soares,Semanário11/o7/o8)
_________________________________________________
O primeiro-ministro recuperou ânimo e Paulo Rangel foi redondo e pouco objectivo É a leitura feita por um deputado do PSD do debate que pôs o novo líder parlamentar do partido pela primeira vez frente a José Sócrates
(Deputado PSD,JN 11.07.08)
_________________________________________________
Mais uma vez, o Governo arrasou a senhora com argumentos soberanos. O eng. Sócrates chamou a atenção para o regresso do “discurso da tanga” e recordou que isto vai lá com ânimo e coragem, ou seja, com o eng. Sócrates.
(Alberto Gonçalves,Sábado,11.07.08)
_________________________________________________
Estamos aqui neste momento como quem tem uma atitude diferente, como quem não desiste de dar o seu melhor para enfrentar as dificuldades, como quem tem o ânimo, a ambição e a coragem para enfrentar os problemas para conseguir um Portugal melhor.
(José Sócrates, Estufa Real, Jantar PS final Sessão Legislativa10.07.08)
_________________________________________________
O país já ultrapassou uma grave crise orçamental, e isso dá-nos ânimo e confiança na nossa capacidade, já demonstrada, de enfrentar e resolver as dificuldades.
(José Sócrates,Debate Estado da Nação,10.07.08)
_________________________________________________
O ânimo dos portugueses é sombrio.
(Paulo Portas, Debate Estado da Nação,10.07.08 )
_________________________________________________
“Com a actual crise internacional, produziu-se um abatimento de ânimo dos cidadãos”
(J.M. Leite Viegas,JN,10.07.08)
_________________________________________________
O regresso à Colômbia ( de Ingrid Betancourt ) está marcado para breve, agora com um novo ânimo, depois de os exames médicos a que foi submetida terem eliminado a possibilidade de sofrer de um cancro, um dos seus maiores receios.
(Destak,07.07.08)
_________________________________________________
Na RTP, embalado na doçura dos jornalistas, o Menino de Ouro ficou só um pouco aquém no panegírico. Sobre a crise: “Eu tenho o ânimo, a vontade e a coragem para lidar com as dificuldades”. Sobre o futuro “É preciso ânimo, coragem e vontade.” Sobre o bom povo: “Os portugueses esperam que eu lhes dê ânimo e coragem [e vontade, presume-se
Percebeu-se abundantemente, pois, que, na opinião do eng. Sócrates o eng. Sócrates possui a coragem, o ânimo e a vontade (a ordem é aleatória) de que o País carece e que a ralé, ávida e desnorteada, reclama.
(Alberto Gonçalves, Diário de Notícias , 06.07.08 )
_________________________________________________
Mas não se subestime Sócrates. O primeiro-ministro foi, de novo, muito eficiente na entrevista, não escondeu as dificuldades mas passou uma mensagem de ânimo e confiança.
(Nicolau Santos,Expresso.05.07.08)
_________________________________________________
Pelo contrário, palavras como “coragem”, “ânimo” e “energia”. usadas por José Sócrates, não caem bem por estes dias. O que está a dar é o bota-abaixisnio e desesperança, seja na boca dos líderes da oposição seja na de alguns gurus que nos aparecem nas televisões ao serão a anunciar o apocalipse para a manhã seguinte
(Fernando Madrinha, Expresso, 05.07.08)
_________________________________________________
JOSÉ Sócrates, pelo contrário, aproveitou as deixas e marcou a diferença: não caiu na tentação, que lhe seria fatal, de propagandear o oásis, e antes reconheceu que Portugal atravessa momentos difíceis, que naturalmente imputou a factores externos; e insistiu num discurso convicto e optimista, de quem não cede perante as adversidades, antes se obriga a enfrentá-las com «redobrado ânimo».
(Mário Ramires, Sol, 05.07.08 )
________________________________________________
Na RTP, cumpriu com nota elevada os objectivos que lá o levaram: mostrou conhecimento dos números e segurança nos temas, firmeza na imagem reformista e na defesa do Código do Trabalho, humildade a assumir os problemas (tentando disfarçar a arrogância que lhe é habitual) e até a aceitar as críticas de Manuel Alegre. Apareceu com uma mensagem positiva de ânimo e confiança.
(José António Lima, Sol ,05.07.08)
______________________________________________________
Compreendo o desânimo das famílias portuguesas face à actual conjuntura económica. O que devemos fazer é ajudar quem precisa de ajuda e manter o esforço de rigor orçamenta1
(José Sócrates, Diário Económico, citando entrevista RTP,04.07.08)
Autoria de António Colaço
Veja também “É preciso ter ânimo: as novidades editoriais não param!“