É este o alerta do Paulo Gorjão após também ter lido, o acordão já aqui referido (relativo ao caso Esmeralda).
"A versão do «Caso Esmeralda» que circula na comunicação social, pouco ou nada tem que ver com aquilo que está escrito no Acórdão (IN VERBIS 19.1.2007).
São 43 páginas que vale a pena ler, para perceber como a história que circula na comunicação social está muito — mas muito, mesmo — mal contada. (Vi, por exemplo, uma entrevista com a mãe biológica na televisão que não bate nada certo com a versão do Tribunal.)Por exemplo, sabia que o pai biológico assumiu a paternidade da criança quando ela tinha menos de um ano de idade (ver parágrafos 35 a 40), aliás como sempre dissera que faria se se confirmasse o facto? Sabia que desde 2004 que a questão da paternidade está resolvida a favor do pai biológico (ver parágrafos 3 a 5), mas que os pais adoptivos desde então se recusaram a entregar a criança? (…)"
In Bloguítica.
A acompanhar ainda o debate na Grande Loja do Queijo Limiano onde se vêm denunciando algumas das perplexidades em torno deste caso – as tais que deveriam de facto agitar as consciências após se conhecer a cronologia da história e as decisões e indecisões judiciais – e do seu tratamento judicial e noticioso. E ainda este artigo de Margarida Corrêa de Aguiar no 4ª República.
Caro leitor, o algodão não engana, leia ao menos o resumo e depois compare com as notícias e principalmente com a opinião publicadas. Recomenda-se a leitura integral a quem já escreveu disparates baseados em pressupostos completamente errados (são várias as contradições com os factos), como sejam:
Inês Pedrosa (Expresso)
José Leite Pereira (Jornal de Notícias)
E, infelizmente muito outros, numa maioria movidos pelas melhores boas intenções de que o ser humano é capaz.
Adenda (23 Janeiro 2007): é também interessante saber <a xhref="http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=148979&idCanal=10">o que dizia a mãe biológica ao Correio da Manhã, há cerca de um ano</a>. O que é verdade afinal?