"O mandato de deputado pertence a quem? Ao deputado, naturalmente. Mas haverá excepções? Sim, quando o deputado as autoriza. Foi o que fez Luísa Mesquita. Ao entrar na lista do PCP (cabeça de lista por Santarém) assinou uma declaração pondo o seu mandato à disposição do partido. E agora o aconteceu? O partido pediu-lhe para renunciar e Luísa Mesquita recusou. Violou um compromisso assinado com o partido.

Podemos aproveitar este caso para – como escreveu José Medeiros Ferreira – testar a qualidade da opinião em Portugal. (…) Este é um teste para o PCP. Mas também um teste para todo o Parlamento. Na prática Luísa Mesquita passará a deputada independente. E eu quero ver como é que uma deputada completamente isolada de qualquer grupo parlamentar poderá exercer plenamente direitos como o de agendar projectos, intervir no hemiciclo, escolher uma comissão parlamentar, etc, etc."

Excerto de "Luísa Mesquista" artigo de João Pedro Henriques no Glória Fácil.

Também fico a aguardar com curiosidade o resultado das provas. Parece-me que todo o regimento da Assembleia da República está desenhado para directórios partidários/lideranças de grupos parlamentares e não para deputados. E agora, como fica?

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