Se dúvidas havia sobre quem deve ser o guarda-redes português na selecção ontem (ou melhor ante-ontem) ficámos esclarecidos. As diferenças de qualidade a guardar as redes entre Baia e Ricardo revelaram-se marginais. Fífias partilhadas, estiradas impossíveis também. E não me venham com tretas quanto aos penaltis que se houvesse ciência em defendê-los, o Ricardo nunca mais teria tentado defender um penalti com as luvas calçadas depois daquela "final" contra a Inglaterra…

Ricardo tratou foi de provar e comprovar o valor acrescentado que é para a selecção com aquele desafio estupendo de marcar um golo decisivo a Baia, nas Antas, perante uns quantos milhões. E  estou a ser parco em metáforas e imagética…

Se falhasse, o Sporting sairia da Taça, (também) pelos seus pés. Tentem imaginar o que se diria dele hoje, amanhã e depois.

Marcando poderia retirar dividendos psicológicos no momento (com a eliminatória ainda em discussão) e certificado de garantia não desprezível da sua qualidade de especialísta em marcação de penaltis. Poderia até conquistar o reverso daquilo que arriscava, caso o destino do jogo tivesse sido mesmo outro. O Sporting continuaria na Taça, (também) a seus pés. Em qualquer dos casos, um feito notável e a que muito poucos se atreveriam. O carisma superior de Baia? Ricardo meteu-o definitivamente no bolso, ontem, digo eu.

Adenda: Dito isto sou dos que acha que Baia tem mais lugar na selecção do que o próprio seleccionador… Ainda que nos leve à final será sempre um mal amado de estimação, uma espécie de Peseiro mas em pior. Muito menos simpático!

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