. Retomando o assunto da falência (conjuntural?) da imprensa paga face ao florescimento da imprensa gratuita, ou por outras, retomando "A imprensa paga deve fazer como a avestruz" ofereço mais alguns considerandos, totalmente NÃO fundamentados num conhecimento empresarial profundo da indústria em questão.
. Admitamos que o paradigma da imprensa paga não está em causa. Admitamos que há-de haver sempre quem queira mais qualquer coisa além do que aquilo que, para já, os jornais gratuitos conseguem ou estão interessados em oferecer. Ou seja, admitamos, para ser claro, que haverá sempre tipos como eu que estou aqui afagando o número 50039 do Diário de Notícias em mais um dia de desaniversário (parabéns pelos 142 anos e 5 meses).
. O que pode então fazer um jornal que objectivamente tem perdido pagantes e que parece ter perdido mais leitores para os jornais gratuitos do que aqueles que deles (pelos hábitos de leitura induzidos) terá recebido – um facto que julgo estar por provar mas que me parece razoável?
. Com estas hipóteses e sendo evidente que há um cenário de crise financeira (é, não é?) que pode, a prazo, pôr em causa o actual cenário da imprensa "tradicional" como poderá ela reagir? Concorrer entre si pelos cada vez mais escassos leitores poderá não ser suficiente. Em suma, a redução dos já escassos títulos é o destino rumo à extinção final?