Ao cuidado do António Duarte.
Notícia do Diário Económico:
"(…) A rentabilidade do fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social teve um desempenho superior ao dos fundos privados.
A rentabilidade do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) foi de 6,76%, em 2005, ou seja teve um desempenho superior ao dos fundos de gestão privados – Fundos de Poupança Reforma – que tiveram uma performance de 6,38%. Aliás, este é o sexto ano consecutivo em que o FEFSS supera os privados. Além disto, a rentabilidade registou uma melhoria face a 2004, ano em que se fixou em 5,9%.
De acordo com os dados, do ministério da Segurança Social, a que o Diário Económico teve acesso, o fundo público em 2005 tinha 6.176 milhões de euros e cresceu 397 milhões euros fase a 2004. Ou seja, o fundo de estabilização financeira da Segurança Social representa quase 5% do Produto Interno Bruto (PIB). "
"Mais acções na composição do fundo
Em relação a 2004, o risco da carteira de activos do fundo público aumentou já que houve uma maior aposta em acções. No entanto, a carteira continua a ser composta, maioritariamente, por obrigações de dívida pública portuguesa (50,5%). A segunda maior fatia vai para as acções, com 24,2%, quando, em 2004, a mesma rubrica atingia os 20,4%. Em terceiro lugar surgem outro tipo de obrigações (17,6%). O imobiliário e a reserva estratégia representam 3% cada e por último a liquidez equivale a 1,6% da composição da carteira pública.
Tal como estava previsto no Orçamento rectificativo, em 2005, a Segurança Social transferiu 6,1 milhões de euros para este fundo, resultantes da venda do património.
O objectivo a médio prazo é que este fundo atinja um valor correspondente a dois anos de pensões, devendo ser utilizado se o sistema entrar em défice. (…)"
5 replies on “2005 é o sexto ano consecutivo em que o FEFSS supera os privados”
Estamos a falar de números antes ou depois de impostos? Se bem me lembro, a fiscalidade não se aplica de modo uniforme aos fundos privados e ao FEFSS.
Eh pá, não fui eu que fiz as contas (nem sequer sei se há diferenças fiscais), mas presumo que a malta no Diário Economico não tenha cometido tal calinada de comparar o incomparável.
E já agora, será que consideraram os benefícios fiscais associados aos PR (excepto em 2005) como rentabilidade dos mesmos procedendo à respectiva anualização?
Ou por outras, de facto a fiscalidade é diferente por via de benefícios fiscais (em favor dos fundos privados). Não sei é se haverá outros impactos fiscais que vão noutro sentido. De qualquer forma sublinho: a notícia deve pressupor comparabilidade. Adimitindo que não houve erro (não estou em condições de confirmar) a notícia é muito interessante. Talvez haja mesmo racionalidade por parte da banca que aparentemente está interessada em delegar no Estado a gestão financeira (e não só) dos fundos de poupança dos seus trabalhadores :-)))
Um exemplo:
O Fundo de Capitalização da Segurança Social está isento de impostos. Um fundo imobiliário normal paga 20% sobre as rendas, por exemplo.
Quando se comparam as rentabilidades dos fundos, (e o DE já o fez) nunca vi correcções do género: se o ‘x’ pagasse impostos como o ‘y’ a rentabildade seria ‘z%’.
Foi por isso que perguntei.
Um abraço
jcd