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Estado sim, mas não a qualquer custo

O Francisco tem tazão. A ler atentamente.

6 replies on “Estado sim, mas não a qualquer custo”

“As pessoas mais cultas, mais inteligentes, com maior variedade de interesses e mais solidamente formadas e educadas, são consumidoras da RIAPAâ€?. – Quitéria Barbuda in “Constataçõesâ€?, Revista “Espíritoâ€?, nº 24, 2006.

Pois sim, mas como se inverte a situação de serem sempre os mesmos (parvos?!) a pagar impostos e cada vez mais altos, com menos contrapartidas?
Com o pressuposto de que somos todos íntegros, cumpridores, etc.? Gostava que sim …

Odete:
Para começar, simplificando a própria constelação fiscal e benefícios conexos. Há demasiados esquemas suportados pela lei que complicam o trabalho da máquina fiscal… Deveria haver uma maior separação entre cobrança fiscal e redistribuição de riqueza. A coisa deveria fazer-se tendnecialmente a dois tempos e nesse caso a vida ficaria automaticamente mais complicada para quem não quer cumprir.
Porque não investir por aí? As necessidades de fiscalização cruzada e as possibilidades de fuga seriam reduzidas e muito logo na base.
E aquela da inversão do ónus da prova que se tem falado parece-me um perfeito abuso, particularmente quando o Estado é useiro e vezeiro em não respeitar as próprias regras e normas que impõe.
Eu cumpridor fico ofendido quando partem do princípio que são um bandido. Tem que haver outra forma de identificar os prevaricadores. Onde é que esta lógica vai terminar?

1000% (!) de acordo. Como sou interveniente e participativa, sou continuamente confrontada com esse “juízo”, pelo menos implicitamente.
Seja quando comunico a matrícula de um carro abandonado ou outra coisa qualquer – pressinto SEMPRE que estão a duvidar de mim e como não temos carimbo ou atestado de cidadãos responsáveis e cumpridores …

Às vezes interrogo-me o que pensarão muitas pessoas quando ouvem falar em “direitos e deveres de cidadania”.
Devem pensar que não é nada com elas e, se for, “eles” que resolvam.
Para quase tudo isto há uma palavra mágica: esquema.

Se adicionarmos a esta palavra a inveja e a mesquinhez de que nos fala José Gil, chegaremos mais facilmente à explicação sobre a contestação a qualquer alteração, legal ou outra: este “esquema” deu-nos tanto trabalho a arranjar e agora vão mudar tudo! e o trabalho que dá a arranjar outro esquema ?

Em Portugal há esquemas e esquemazinhos para tudo. Nem sei se alguém já se lembrou de fazer tese de doutoramento sobre O Esquema.

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