Estou entre livros. Acabei "A Música do Acaso" de Paul Auster e olho para a estante repleta de livros. Não é propriamente uma biblioteca mas é suficientemente vasta para que de quando em vez me surpreenda com um livro que comprei e que muito selectivamente apaguei da memória. Por vezes a situação é mesmo ridícula evitando quase por mero acaso compras repetidas, mas parece que este até é um fenómeno frequente, dizem-me.
"A Música do Acaso" pertence a uma outra espécie de livros, um livro que me foi emprestado. Tivessem os livros que me enfrentam um mínimo de humanidade e seria razoável que sentissem a afronta. Sustento um harém e depois vou dormir com outra ou melhor com outro? Haja bonomia entres os livros meus. Resta a indecisão, o que ler? Alguns exemplos:
"Negreiros" de Alberto Vásquez-Figueroa (nunca lhe li nada);
"Processo 327" de Dick Haskins (será mais uma estreia);
"Um Crime na Exposição" de Francisco José Viegas (2ª partida de um jogo que ainda decorre);
"As Memórias" de Jean Monnet (este era para ter sido prenda mas a distância reconverteu-o em presa fácil, um forte candidato…);
"Do Amor de Outros Demónios" de Gabriel García Márquez (uma prenda de quem me conhece bem, mas que persiste virgem na estante… será também uma primeira leitura deste autor);
"The Picture of Dorian Gray" de Oscar Wilde (em inglês e tudo);
"D.Quixote de La Mancha" de Saavedra Cervantes (já experimentei em castelhano mas… não exageremos, não é com conhecimentos de portunhol que se lá vai, não é Miguel?);
"Os Pensamentos" de Heidegger (filósofos, do original, só uns pedaços de Platão, Wittgenstein, Adam Smith, outros que o eram sem saberem ou lhes dizerem e pouco mais);
Ou ainda, para terminar "Com Poejos e Outras Ervas" de Galopim de Carvalho.
Enquanto me decido vai marchando o 8º livro das Obras-Primas da BD Disney.