Ela quer que lhe tampas. Não uma, mas várias.
Dá-me todas as tampas que tens. Procura bem, sei que tens muitas escondidas no armário.
Surpreso, fecho a porta de correr que acabara de abrir. Ela insiste, vá, dá-me, eu não me importo.
Triste final terá esta história, penso cá para comigo mas cedo ao pedido. Ou quase…

A garrafa sem tampa não fica encolhida, expande-se, faz barulho, tomba, rebola pela mesa e cai no chão. As garrafas assim não me cabem no armário. Irão encher o ecoponto, falta-lhes o vácuo.
Quase lhe tiro a tampa das mãos. Quase, porque nunca lhe a dei de facto. Alguém muito carenciado neste mundo ficará sem um cheque dependente de tampas de garrafas. O mundo, por outro lado, ficará menos poluido. (Ficará?) Será um mundo melhor?

Estou perdido, que me dizem: dou as tampas, ou não?


Tampinhas
via Pé de Meia

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