Ainda a propósito do terror e matérias afins proponho um lema simples descoberto há muitos anos: conhecermo-nos a nós, conhecer o outro.
Acho que este é o único caminho seguro para enfrentar os nossos males do mundo e para reagir a qualquer provação. Aliás este lema não é uma reacção pontual, é tão simplesmente algo que nos deve acompanhar permanentemente.
à um lema transversal aos ditos e escritos de várias religiões (ainda que humanamente ignorado), é também um dos fundamentos do humanismo renascentista europeu se a história não me falha. Há maior deslumbramento, melhor surpresa do que estar atento ao outro seja ele um filho, um amigo, um desconhecido, um estrangeiro ou mesmo um antepassado?
à importante ser curioso, é importante estar atento, é importante termos liberdade, uma coisinha que se mima e vive de mimos.
Liberdade para perguntar, liberdade para viajar, liberdade para saber.
Esta batalha pelo conhecimento mútuo é a única que verdadeiramente interessa. Um desafio que permanece latente, imperturbável e incontornável seja qual for a moda polÃtica ou social de cada ocasião.
Foi, é e será sempre preciso abrir a porta, espreitar, oferecer a mão aberta, mostrar os dentes, sorrir. Este é um irrenunciável “risco” que todos temos de saber correr sob pena de nos destruirmos mutuamente.
Mas estes ancestrais gestos só são possÃveis pela proximidade e nunca pela distância. E estar próximo faz-se por um caminho, por muitos caminhos.
O destino destas andanças é das poucas coisas que mais aquecem a nossa precária existência e está ao dispor de todos independentemente do credo, fé ou condição. Perante esta preocupação basilar discutir Deus é secundário ou, para alguns, a mesma coisa.
Apenas este árduo caminho de saber, dar e receber será seguro. Acho que é por aqui que temos todos de assinar por baixo e deitar mãos à obra, em cada dia, até ao nosso fim.
Por vezes esqueço-me, por vezes é difÃcil saber como, mas há tarefas bem mais difÃceis, convenhamos! Exige apenas disponibilidade e o melhor que há na nossa humanidade. Recursos próximos e renováveis, portanto!
(Também na GLQL)