Quando estendo a face para beijar e ser beijado é a direita que vai à frente.
Tenho cá para mim que há uma espécie de norma nacional. Suponho que seja assim também consigo, caso o caro leitor seja português. Ou talvez não?
Bom, tentativas de castos beijos em faces italianas resultaram em choque cultural. Elas oferecem sempre primeiro a sinistra. Pelo menos é assim com as romanas…
Hoje diz-me a moça (aquela ali do boneco da coluna da direita) que deixou dois jovens italianos nordestinos encavacados ao pespegar-lhes dois beijos na face em jeito de boa viagem. Os frios e a timidez germânico-eslava estão já demasiado perto da fronteira do nordeste de Itália…
Não são engraçados estes determinismos geográfico-antropológicos?
2 replies on “O beijo”
São, de facto. Tendo sido, como a maioria dos norte-europeus, parco em contacto físico nas relações sociais, mas os dez anos que vivo cá tiveram algum efeito sobre mim. Com o resultado que recentemente cheguei a aterroizar uma amiga de longa data, que me visitava depois de muitos anois sem ter-mo nos visto. Quando lhe quis dar os habituais beijos de cumprimentação, ela deu um salto para trâs como se tivesse lepra…
Na semana que agora acaba pude contactar directamente com essa experiência e confirmo que também os franceses (no caso, as francesas!…) oferecem primeiro a face contrária!