Exame de admissão ao ensino básico já!
Há que avaliar a qualidade do pré-primário, coisa que só se faz com exames, mais exames, muitos exames, EXAMES NACIONAIS!!!!
Exames nacionais no 4º e no 6º ano… Espero que não se esteja a cair num exagero confundindo os fins com os meios. Tentarei recolher detalhes mas confesso que já ando de nariz torcido.
Parece que ministro da educação partiu para o “second best” que como alguns suspeitam será provavelmente um “first worst“. Instruir é um processo contÃnuo, avaliar também deverá sê-lo. Instruir é um fim, avaliar deve ser um meio de aferição, nunca o reverso mas parece que os termos se invertem. Exames no 4º, no 6º, no 9º, no 10º, no 12º… Para que servem as provas definidas pelos professores das respectivas disciplinas? Para quê ter professores? Para quê ter uma escola? Ou será que estes exames servirão essencialmente para avaliar os professores?
Bom, a âviolênciaâ? das minhas criticas dependerá largamente do conteúdo e das consequências dos exames nacionais. Se eles representarem âa avaliaçãoâ? única e final dos alunos no final de cada ciclo ou sub-ciclo, acho um total disparate. O professor tem de ter poder e deve ser sempre considerado o agente mais capaz de avaliar um aluno. Nenhum exame tem capacidade para substituir essa capacidade.
Se o exame for complementar e visar condicionar o ensino a um mÃnimo denominador comum, parece-me bem.
Esperemos é que o que deveria ser um mÃnimo denominador comum não seja outra coisa. Arrisca-se a assumir-se como um máximo onde a adaptabilidade, a flexibilidade da escola se ajustar ao meio concreto em que se insere, é largamente reduzida e o seu papel completamente manietado.
Temo que com a proliferação de exames nacionais, os professores terão de ser cada vez mais os executores dos programas determinados nos gabinetes da 5 de Outubro – os mesmo que são incapazes de auditar os manuais que seguem para as escolas – e cada vez menos um grupo de instrutores que se querem versáteis e complementares entre si. Este deveria ser o caminho, talvez mais difÃcil, mas inevitável.
Os exames nacionais têm um papel a cumprir como disse, mas o que se propõe parece-me claramente um exagero. Suspeito que à medida que venha a saber mais detalhes descubra mesmo um enorme disparate. Vejamosâ¦