Também publicado aqui: “Ratings na Europa: “We are about to attempt a crash landing” “.
Notas breves sobre a descida generalizada de ratings na zona euro e uma música com história:
- Como se comentava há pouco no twitter (http://bit.ly/zVh2R7) “Como a UE não se federaliza, a S&P federalizou a análise” e relevou o estado geral da zona euro como mais importante do que as condições particulares dos vários países afetados.
- Mas será que os ratings ainda fazem mossa? A partir do momento- nesta tarde – em que começou a correr o boato de que iriam acontecer, interromperam-se as escaladas nas bolsas de valores, o euro desvalorizou rapidamente para mínimos de vários meses, os juros da dívidas soberana dispararam na periferia e entre os países expectavelmente afetados pela descida do rating. Como se fossem surpresa…
- As reacções dos vários Estado, aqui bem representadas pela reação do Mínistério das Finanças português (ver “Governo português lamenta decisão da S&P“), dão bom testemunho do carater paradoxal desta situação e das justificações para as descidas de rating, mas recordam também como passámos já à fase histórica no sentido em que tudo isto parece já uma história contada repetidas vezes sem que haja escriba capaz de alterar o guião.
- O que se segue Europa? Mais moralismo, mais tacanhez, mais negação? Continuarão as reuniões políticas a ser conversas entre condóminos incapazes de perceber que por muito diferente que seja a vista que cada um consegue disfrutar dos seus diferentes andar de residência o destino de todos está condicionado pela qualidade dos alicerces que não souberam fundamentar nem , agora, escorar?
- As histórias fantásticas de Laurie Anderson parecem menos surreais e mais cristalinas. Vale a pena ouvir: