” (…) De certa forma faltam-nos partidos como os liberais alemães ou a UDF francesa, partidos de quadros, que não necessitam de prometer o céu porque não procuram maiorias absolutas, mas instrumentais quando é necessário falar verdade aos eleitores e prepará-los para reformas difíceis. O caso dos liberais alemães será mesmo o mais sintomático, pois esse partido, hoje com os conservadores, governou muitos anos com os sociais-democratas.
Claro que não se inventam partidos, mas a verdade é que, depois do que foi o PS de Ferro Rodrigues e olhando para o actual PSD, talvez se encontre espaço para uma representação política de centro radical e reformista, mais imune aos diferentes “interesses instalados” e mais livre das lógicas aparelhísticas das grandes forças políticas. (…)”
José Manuel Fernandes, Editorial do Público de 11 de Outubro de 2004
Quatro anos passaram e o texto continua actual com uma diferença, é que agora temos de facto um novo partido ao centro: o Movimento Esperança Portugal.
3 replies on “Directamente dos arquivos: ansiando por novas forças políticas”
Quer apostar que não? O MEP nem um deputado conseguirá nas próximas legislativas…
Da forma como coloca a frase até parece que isso representará uma enorme derrota face ao resultado que o MEP teve nas legislativas anteriores 🙂
Vamos fazer por que se engane caro Carlos, a decisão não cabe aos apostadores, mas a quem vota e, claro, ao engenho e arte do MEP em conseguir chegar aos eleitores. Acredito também que a forma como os media ignorarem ou não o que há de novo no espectro político poderá ser determinante. Quem não sabe é como quem não vê, e há ainda muita gente que nunca ouviu falarn o MEP.
Nas europeias tivemos alguns exemplos muito pouco democráticos, a começar pela RTP.
E que reformas são essas? A blogosfera pode contribuir?
Jon Stewart – Estes bloggers linchadores não têm credenciais, fontes, ética, editores ou responsabilidades… Não têm credibilidade, só factos!
Jon Stewart: Os repórteres internautas, ou bloggers, já são reconhecidos e agora, após terem desempenhado um papel fulcral na revelação do escândalo “Rather-gate”, na CBS News, os bloggers arrecadaram mais dois troféus de Media. Por exemplo, Jeff Gannon, um repórter destacado para a Casa Branca cujo estilo jornalístico despertou a nossa curiosidade.
Os sites Ameriblog e Daily Kos investigaram este Jeff Gannon e descobriram que é também proprietário de sites pornográficos gay, incluindo o Hotmilitarystue.com, onde o seu perfil indica que ele tem, e cito: 1:80m, 90 quilos, cabelo castanho curto, olhos verdes, e um pénis com mais de 20 cm circuncidado.
Uma analista de Media da CNN revelou de que forma a CNN desvendou esta história.
CNN: Fizemos esta descoberta. Ou melhor, um dos bloggers fez a descoberta e nós soubemos através do blog “Ameriblog.com”, um site liberal. Até mostrávamos as fotos, mas são ousadas e preferimos não o fazer.
Debate na Fox News: Quero voltar ao que disse o Bob. Você está a defender estes bloggers linchadores, que divulgam estas notícias, 1/10 das quais são inventadas? Eles não usam provas ou fontes fidedignas. É esse o jornalismo que advoga? Na sua maioria são pessoas que não têm credenciais, não têm fontes, ética, editores ou responsabilidades.
Jon Stewart: Ao contrário dos jornalistas dos canais por cabo que têm… credenciais! Com mais informações sobre o papel dos bloggers nos media, tenho aqui o nosso perito em media, Stephen Colbert. Stephen, fazes parte dos media tradicionais. És um repórter dos media tradicionais, qual é a tua opinião sobre estes repórteres dos novos media?
Stephen Colbert: Jon, a grande maioria dos bloggers são repórteres responsáveis que abordam temas de nicho de forma séria, como histórias sobre a séria “Gilmore Girls”, truque giros que os seus gatos fazem, ou fotografias das personagens de “Gilmore Girls” vestidas de gatas. Até aqui, tudo bem. O que eu não posso é com os bloggers agressivos. Gente com computador que recolhe, compila e divulga factos verídicos, que depois são lidos pelo público. Não têm credibilidade, só têm factos. Poupem-me!
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