Após gentil convite iniciei hoje colaboração com o novíssimo Eleições 2009. Eis um excerto da primeira prosa como troco a outra que por lá se lê:
” (…) A União Europeia nasceu em cima da tragédia de anos de morticínio pela defesa intransigente e exacerbada de interesses e ideais. Nasceu também porque a necessidade e a proximidade provaram ser bem mais poderosas do que o ódio tantas vezes milenar. Hoje, o olhar para trás, para os 50 anos de história é mais do que uma ténue lembrança algo romântica, é algo que muitos europeus compreendem como um legado impressionante, havendo breves segundos para reflectir. Não será amanhã que falaremos a uma só voz no mundo, aliás essa voz comum só será possível quando consolidarmos instituições e compromissos mútuos que complementem o actual edifício. Hoje é do interesse comum equilibrar melhor o que pode e deve ser subsidiário com o que é e terá de ser de responsabilidade colectiva: penso nos famigerados e até há pouco tão mal tratados choques assimétricos bem como nas ironias felizes da globalização e da integração económica que esta crise tão pungentemente corporiza. (…)”