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Caríssimo Rui, vai bonita a conversa que vens travando nas profundezas deste teu rio. Diria mesmo que eu não teria qualquer dúvida em fazer subir à superfície o diálogo que ali é travado, tamanha a sua riqueza.

Tropecei nesta fotografia que mão amiga me fez chegar, ali das bandas de Belver, anos 40, e em que o Tejo, ou os seus peixes, eram mais generosos do que agora e, assim, maravilhavam os olhos de quantos dele se abeiravam.De quantos dele faziam o seu modo de vida.

Fugiram estes peixes, certo. Mas o Tejo não pode fugir.Está ali para que cuidemos dele.Está ali para cuidar de nós.

Agora, quando regressares à Benquerença – nada contaste do que por lá se passou, nomeadamente, se o avô Álvaro já apanhou os marmelos deste Outono envergonhado  – olha para o Tejo, junta-te a mim  no celebrado privilégio de ainda o sabermos por perto mesmo que sem estes avantajados peixes.

Creio que percebeste que demorei alguns dias para que nada perturbasse as 52 medidas do teu MEP.

Acho mesmo que, melhor, da minha parte, não era mesmo possível.

Uma boa pescaria, então, para…todos.

antónio colaço

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