Leitura interessantes esta que se pode encontrar no Blasfémias: “Alunos dos 2º ciclo fazem em 2008 prova igual à do 1º ciclo de 2007?“.
Quando se dá ao governo de cada momento a possibilidade de formar estatísticas positivas como seja reduzindo chumbos e apresentando-os como prova da boa governação, as tentações podem revelar-se avassaladoras.
Eu diria que a queda abrupta de chumbos em algumas disciplinas é boa demais para ser verdade. E muito má se representarem o que o se denuncia no Blasfémias / Toniblair.
É caso para dizer que melhor é possível e absolutamente indispensável.

Mas esqueçamos isto: Portugal! Portugal! Portugal!
Pois.

ADENDA: o João Caetano em Simple Minds I e de certa forma também em Simple Minds II refuta a crítica feita pelo Toniblair e sublinha que é preciso observar a semântica entre avaliação e aferição.
Concedo que as perguntas não têm o mesmo grau de dificuldade ainda que a semelhança pictórica (com mais ou menos smileys) remeta para o choque referido pelos críticos. Mas mais relevante que tudo isto, mesmo que a questão a semântica é constatar que os alunos de 6º ano do ano passado reprovaram/tiveram apreciação negativa numa percentagem de 40% na prova de matemática enquanto os deste ano registaram uma percentagem de 20%.
Para mim isto leva-me a ser permeável às críticas de que algo de estranho se passa. Não acreditando em milagres pedagógico-educativos com efeitos no espaço de um ano, sobram-me apenas as razões conjunturais para explicar o fenómeno. Alguém me diz o que se passou, então?
E já agora alguém tem uma série cronológica com as percentagens de negas nesta prova de aferição?

ADENDA II: Via Blasfémias:

“Parecer da Sociedade Portuguesa de Matemática sobre as provas de aferição de matemática (PDF):

[…] Em segundo lugar, estes testes não têm sido construídos de forma comparável de ano para ano, pelo que não se sabe o que de facto representam os resultados globais em termos evolutivos. Não se sabe sequer o que representam as classificações obtidas pelos alunos. O ministério estabelece uma grelha de classificação, mas depois a transformação dos resultados de aplicação da grelha em classificações finais dos alunos tem sido feita com critérios que o ministério não divulga. Significa tudo isto que não se sabe de facto o que representam os resultados das provas. […]”

Vale a pena ler o resto do parecer.

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