Até ao momento da singularidade, Ismailov era para mim o melhor jogador em campo mas factos são factos e aquele facto de Liedson é um fato mesmo, um fatinho irrepreensível com que ele vestiu a bola enfiando-a dentro da baliza.
Ao vivo e a cores em Alvalade faltam-me golos como este e faltar-me-ão sempre como digno adepto que tento ser. Este de hoje já ninguém mo rouba. Fica na memória pelo menos até às calendas.
Depois houve mais Liedson, também foi sempre havendo muito Romagnolli e o incansável Ismailov que infelizmente rematou menos do que devia. Polga sempre, também. De sobra esteve o guarda-redes (dos piores jogos com a camisola do Sporting) e sobrou ainda Djalo que durante 90 minutos esteve no banco ameaçado poder entrar em campo.
Uma última palavra para o último golo. Foi nesse que dei o maior pulo na bancada. Porque aconteceu unica e exclusivamente devido a uma insistência de Liedson quando já toda a gente pensava no chá quentinho que estava à espera em casa. Liedson, não marcou, apenas consegui arrancar um canto e uma daquelas salvas de palmas raras, assim de trás para a frente, quando apenas alguns reparam que o que se passou é exemplar e conseguem em segundos e em crescendo convencer o resto do estádio para o aplauso. Era e foi só um canto. Deu num golo de Gladstone, a ressalto de um petardo de Romagnolli. E foi naquele golo e apenas naquela altura que lá fiquei convencido que poderá eventualmente haver ainda um jogo este ano em Alvalade em que o Sporting venha a dar um show de bola sem significativas paragens cerebrais pelo meio.
Talvez este jogo tenha sido mais do que um jogo fraquiho muito bem disfarçado por um fora de série com dois ou três bons ajudantes, talvez.