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Mimos Política

Da construção de notícias, "mas sem malícia"…

Já ouviram dizer que os Gato Fedorento plagiaram não sei o quê?

Então leiam esta resposta de Ricardo Araújo Pereira (RAP) ao DN (jornal que levou o assunto para fora da blogoesfera). Leiam particularmente se forem políticos profissionais ou candidatos a tal. Há notícias a que só se pode responder assim. Infelizmente, este caminho é geralmente estrada proibida entre a nossa classe política. Pior para eles que ficam cada vez mais reféns da mediocridade, particularmente da mediocridade de alguns jornalistas. 

"(…) DN: Se tivesse só cem mil espectadores, davam conta do episódio?

RAP: Não percebo a pergunta. No DN de dia 23 assina uma notícia em que afirma: "Os humoristas assumem, desde o início, que a ideia não é deles." Agora, diz-me que alguém "deu conta do episódio". Se assumimos desde o início, de que "episódio" é "deram conta"? Só se for este: nós, não sabendo compor música, usámos uma que já existia (isenta de direitos de autor). Depois, explicámos o modo como o genérico foi concebido. Seis meses depois, inspirado por blogues, o DN faz manchete revelando ao País o que nós nunca escondemos. Só houve um pormenor que o DN se esqueceu de revelar: que a música em causa está isenta de direitos de autor. (…)"

6 replies on “Da construção de notícias, "mas sem malícia"…”

Mais estranho é que depois da desancada que o Ricardo lhe dá, a jornalista ainda bater na mesma tecla com a última pergunta.

“O Gato Fedorento pagou os direitos ou obteve o consentimento do autor original da música para utilizá-la no genérico do programa?”

Ele há coisas…

É este o jornalismo que temos, já o escrevi algumas vezes, muitos jornalistas que conheci gabavam-se de nunca terem lido um livro sobre jornalismo. Acredito que uma grande percentagem deles nem leu um livro qualquer…
E depois há a fúria das receitas/produtividade/vendas: vale tudo para chamar a atenção – até chamar à primeira página um assunto que, mesmo a revelar-se verdadeiro, não tem a importância que lhe quizeram dar.

A música pode ser a dos três ratinhos, mas a sua intrepretação segue muito a do C. F. e a coreografia não está muito diferente.
Ok, mesmo se técnicamente não é um plágio (tradicional arranjado por) a “adaptação” foi bem preguiçosa, mas isso já está de acordo com o humor deles (só gosto do episódio do cartaz, de resto o humor dos GF deixa-me indiferente).

Parece-me evidente, pelo teor das perguntas que as mesmas foram enviadas por email, sendo que dessa forma não reflectem as respostas dadas.
A jornalista pode não perceber nada do assunto, mas não se exagere…..

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