Esta notícia devia ter pelo menos dois anos. Talvez não seja caso único no parlamento mas foi claramente o mais mediático atendendo à relevância política de Pina Moura no actual partido que governa o país e atendendo à relevância da empresa que representa em Portugal.
Infelizmente saiu apenas ontem, no mesmo dia em que se soube que acumulará com a presidência da Iberdrola a presidência da Média Capital (TVI entre outros), agora detida pelo grupo Prisa.
Desejo-lhe muito sucesso empresarial e espero que o seu exemplo acima relatado não se repita no PS, PSD ou qualquer outro partido. A bem do cumprimento dos mínimos que garantam a credibilidade e nobreza que deve ter a função parlamentar, em particular, e a democracia representativa, em geral.
5 replies on “Pina Moura abandona a política activa”
Cheio de políticos sérios está a AR repleta… Ou talvez não.
Pina Moura é xemplo daquilo que não se deve ser. É lamentável que não se censure alguém que vá trabalhar para uma área onde antes enquanto ministro tutelou e produziu legislação.
Como profissional, a sua categoria pode ser aferida da sua passagem pela pasta das Finanças…
Cumprimentos
“…e espero que o seu exemplo acima relatado não se repita no PS, PSD ou qualquer outro partido.”
Lamento muito mas o meu desejo é diferente. Creio que uma das causas da falência do nosso parlamento é o facto de não existirem políticos profissionais. Os políticos que lá encontramos são o que podemos classificar como oportunistas. Estão lá enquanto conseguem ganhar alguma coisa [ressalvadas que estão as honrosas excepções] e demitem-se logo que são chamados para cargos mais prestigiantes ou onerosos.
A profissionalização da seria ideal. Votaríamos em políticos verdadeiramente de carreira, especializados na governação.
Afinal, Pina Moura seguiu apenas exemplos já conhecidos… até pelo precurso ideológico e político.
Assim digo: quem não está bem no parlamento ou na política que se retire de imediato e vá fazer o que sabe fazer melhor.
Abraço,
CJT
O desejo é diferente mas não me parece que se oponha ao que escrevi, a menos que não me tenha feito entender.
Seja o político “profissional da política” ou não – e para não se ser profissional não se tem de cair necessariamente no caso do oportunismo que parece de facto proliferar por cá – quando estiver a exercer funções de representação na AR deve estar a fazê-lo em exclusividade, ponto final. Talvez não sejam precisos tanto deputados, talvez a acompanhar uma redução do núemro dos mesmos possa haver uma melhoria das remunrações, mas em todo o caso, estão para me convencer das vantagens da não exclusividade. E era esta ambiguidade, particularmente gritante no caso de Pina Moura que me chocava.
Assim digo: quem não está em serviço e dedicação exclusiva não deve exercer tais funções.
Abraço,
Rui MCB
Correctíssmo.
Ex menino bonito do Cunhal (lembram-se?). ex revolucionário da FEUP (fac eng.ª Univ Porto) (lembram-se?)…
Enfim… viva a porca política