Qual Al Qaeda movida a rabos de palha alheios, a moribunda Universidade Independente (UNI) prossegue o mais que previsível enredo dos desperados. Desperados com roupa suja na máquina, perdão, no cofre.
O rastilho curto afinal tinha mais uma volta e o anúncio mediático sobrou para hoje. Olhando de poltrona, parece-me que a malta da UNI foi para os jornais anunciando a desconhecidos que tinha para eles uma proposta que não poderiam recusar.
O jogo dá para tudo, para muito bluff, para muito frenesim e até para, quem sabe, fazer cair o governo, a oposição, o carmo e a trindade. Quantos táxis serão necessários para levar os puros que restarem a bom porto?
Quando surgiu o caso casa pia, de raspão, ainda se perguntou: "Quão podre está a república?". Talvez a gestão da informação e da contra-informação que circula (sobre o currículo de José Sócrates, UNI e quejandos), nos leve novamente, talvez com mais propriedade, à mesma pergunta.
Evidente, para já, neste ponto da história, é que há inúmeros défices neste país; o orçamental é apenas um deles, inelutável se combatido meramente por gestão de receitas e despesas em regime de garrote.
A falta de rigor, de perspectiva e de respeito mútuo são assustadoras. O teatro vai começando a pegar fogo e corremos o risco de, no rescaldo, nos restar apenas e sempre o garrote salvador, o que equilibrará as contas por mais um ano, só mais um ano. Havendo crise da grossa, é preciso ter em mente que o garrote, plenamente justificado em situações de emergência, leva à gangrena se não substituido urgentemente por profilaxia mais cuidada. Enquanto a corrupção, a desresponsabilização e a mentalidade de carneirada prevalecer teremos muito que penar.
Com ameaços de bomba e explosões, o mais certo é adensar-se a fumarada que nos levará um pouco mais longe dos ares limpos e da transparência. Oxalá me engane.