Categories
Política

As distorções do regime e os media

Trágico é, senhores jornalistas – António José Teixeira e João Morgado Fernandes, para citar alguns dos que mais prezo e que abordaram recentemente a questão -, que seja necessário recorrer-se à indisciplina para que parágrafos como o que a seguir transcrevo cheguem aos editoriais dos jornais de referência e que haja debates interessantes na televisão. O resto do editorial é aliás… redondo sublinhando pouco mais do que o óbvio.

Sabendo que os jornais/jornalistas funcionam cada vez menos na base da investigação ou do escrutínio cuidado da acção política executiva e cada vez mais na base das agendas ditadas por outrem, e sabendo ainda das especificidades e limitações reivindicativas ou de simples intervenção pública próprias da condição militar, ao ler-se agora como novidade a crítica presente no parágrafo que cito, acabam por premiar precisamente a indisciplina. É caso para concluir que o crime compensa.

" (…) É verdade que sucessivos governos demonstraram enorme irresponsabilidade no seu relacionamento com a instituição militar, seja porque fizeram leis irrealistas seja porque aprovaram leis que não cumpriram. Há um compreensível descontentamento militar que resulta não apenas dos sacrifícios impostos ao País mas também da incoerência de alguns governantes. A reafirmada necessidade de racionalização das Forças Armadas exige disciplina e "tratamento específico", como reclama o general Valença Pinto. (…)" 

Via Bloguítica

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.