Porque às vezes o melhor é falar pelas palavras dos outros… 

"(…) Por outro lado, é quase auto-evidente que a informação fornecida pelos organismos de estatística deve ser competente. Menos óbvio é o facto de ter de ser credível – como poucos utilizadores podem verificar directamente a precisão ou objectividade da informação estatística, a credibilidade necessária da informação estatística deve assentar na reputação de quem a fornece. (…).

Estamos preparados para sustentar que não é conveniente que um organismo de estatística seja agrupado com outros organismos oficiais para a definição do estatuto a que estão sujeitos no sistema da administração pública de um país. Nenhum outro organismo tem de se esforçar tanto para se manter demarcado do Governo e dos partidos, de qualquer sinal de que o que é medido e fornecido foi afectado por considerações que não sejam as da imparcialidade na escolha dos objectos e da objectividade na forma de os medir. Chamamos a essa demarcação “independência” e estamos preparados para insistir que, na ausência de uma independência verdadeira e demonstrável, a informação, por muito bem tecnicamente fundamentada que seja, não passará o teste da credibilidade. (…)"

in Uma Avaliação do Sistema Estatístico Português –  Pontos fortes, pontos fracos e aspectos que requerem atenção imediata, Ivan P. Fellegi e Jacob Ryten respectivamente Presidente do INE do Canada  e Ex- Vice-Presidente do INE do Canada – Otava, Setembro de 2004

 (continua)

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