A Alemanha deu o litro mas não chegou. Durante todo o jogo parecia que não iria chegar… A Itália, um país que já apresentou algumas das selecções mais cínicas da história do futebol (e que inventou o conceito), desta vez, neste mundial, não se conseguiu destacar por essa via (graças aos que conseguiram ser mais cínicos do que eles?). Aos poucos, ainda a medo, parece que quer regressar ao futebol, um jogo no qual desde sempre teve grandes artistas e que contou com escassíssimos intérpretes dignos no Mundial de 2006. Vi o jogo e não sabia por quem torcia até que Grosso, a passe de Pilro, fez um belíssimo golo, num jogo que valeu essencialmente pelo prolongamento. Um dia, o jogo far-se-á de novo nos 90 minutos iniciais. Mas acho que antes de melhorar ainda irá piorar um pouco… Talvez o Brasil tenha aprendido a lição, por exemplo… Nesse dia voltaremos a ter mais prazer em ver um jogo de bola. Faltará um pouquinho de arrogância dentro de campo no futebol?
Chapelada para Klinsmann que fez o impensável (colocar a Alemanha nas meias-finais) e chapelada para a Itália.
Hoje é um dia bom, é o dia em que Portugal ainda pode vir a disputar uma final com a Itália. Uma razão suplementar para redobrar esforços frente à França. As contas que temos a acertar com esses cínicos futebolístas italianos tem lá comparação com as águas passadas com a França… E depois não há sítio mais alegre no planeta do que aquele partilhado por Italianos e Portugueses, particularmente se isso acontecer com ambos longe de casa.