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Política

A política da Eurovisão

No Lusofin poderão encontrar comentários muito interessantes à vitória da Finlândia na Eurovisão com um grupo de Heavy Metal. Apesar de todo o amiguísmo político que assola a Eurovisão com, por exemplo, a atomização dos Balcãs a gerar votos cruzados que colocam sistematicamente esses países entre os mais votados (um pouco à imagem do que aconteceu e acontece com a Escandinávia e mais recentemente com o báltico) este ano sucedeu algo um pouco diferente.

Os look alike mais previsíveis (Anastácia, Ricky Martins, Shaquira,…) foram vencidos por um outro grupo de look alike de qualquer coisa que se pareça com heavy metal, notoriamente menos "normais" por aquelas andanças. Eles (da Finlândia) e, se não estou em erro, a Lituânia (com um grupo que na sua canção proclamava ser o vencedor da Eurovisão e pouco mais) concentraram uma grande parte da votação europeia sufragada entre os voluntários que decidiram telefonar. Os primeiros ganharam mesmo o concurso com a maior votação de sempre (ainda que estas sejam dificilmente comparáveis ao longa das últimas 5 décadas).

Não haverá por aí algum politólogo e/ou sociologo que queria divertir-se extrapolando um projecto europeu fundado na transversalidade do voto recolhido pelos Lordi por toda a Europa da Comunidade e de fora dela, por oposição à institucionalizada música de festival? Devia ser um exercício engraçado, afinal a Eurovisão também tem mais de 50 anos…

11 replies on “A política da Eurovisão”

Confessa que também votaste 🙂
O Lordi (que para mais demonstra ser um tipo inteligente e que sabe o que diz) dedicou a vitoria a todos os fãs dos Kiss, não sei se eras nascido nos anos 80 :)))

Votei neles na semi-final, a sério. :-)))
Lembro-me do KISS sim senhor ainda que não fosse fã.
Foi giríssimo ouvir o Eládio Clímaco a “render-se às evidências”. O Festival da Eurovisão subiu na minha consideração. O que nos espera nos anos seguintes?
Converter-se-á num festival de heavy metal? :-)))

Engraçado que os comentarios sao uma copia, mais moderada, do que se lia quando eles ganharam o direito a representar a finlandia. Dividem-se entre os que aplaudem o triunfo da audacia de quem ousou ser diferente e os que criticam a palhaçada, como se o nivel da coisa fosse de facto algo admiravel. Acho que tambem os portugueses precisam dos seus lordi, alguem capaz de ir la fora, e fazer o seu espectaculo com mestria sem medo de ser quem é. Provavelmente nao venceremos mas não teremos porque nos envergonhar!

O voto ficou organizado segundo os blocos (nordico, ex-US e balcanico) mas se retirares os votos nordicos veras que os Lordi venceriam sempre. E isto é inedito na historia recente em que este efeito se acentuou. Anotem, em 2007, Portugal, 12 pontos para a Ucrania de novo 😉

” (…) mas se retirares os votos nordicos veras que os Lordi venceriam sempre (…)”
Exactamente, também me parecia. Mesmo com as regras do jogo todas viciadas (faz-me lembrar um pouco o processo de referendo da constituição europeia) o sistema falhou!

Foi bastante divertido, na altura da votação, adivinhar a quem cada país iria dar os 12 pontos…

É claro que, em Portugal, a votação na Ucrânia será tendencialmente vencedora, graças aos imigrantes ucranianos (tal como aconteceu nos últimos anos – desde que existe o sistema do “tele-voto” – com a França a dar a pontuação máxima a Portugal).

Sobre a vitória dos Lordi, para além do divertimento que foi assistir ao ar incrédulo do Eládio Clímaco, a verdade é que foi inequívoca, porventura por uma margem nunca vista. Os sistemas ‘democráticos’ do tele-voto têm destas coisas… para mim, sem ter prestado especial atenção às músicas (e apenas tendo ouvido menos de metade, as que me chamaram mais a atenção foram as da Irlanda e da Suécia).

Achei a da Lituânia uma desmontagem terrível da coisa… e não é que ‘pegou’?

Sobre Portugal, atendendo aos péssimos resultados que sucessivamente vimos obtendo nos anos mais recentes, por que não mostrar algo de distintivo, que seja característico do nosso país, da nossa cultura, da nossa música (não estou a falar necessariamente de fado, mas porque não?)

O KISS a inspirar todo o mundo e todo o Rock n roll!! Até na eurovisão… para mim e para muitos o melhor grupo Rock/Metal de sempre…. Não é por acaso que o KISS Army detém a maior legião de fãs de uma banda no mundo!!

O KISS a inspirar todo o mundo e todo o Rock n roll!! Até na eurovisão… para mim e para muitos o melhor grupo Rock/Metal de sempre…. Não é por acaso que o KISS Army detém a maior legião de fãs de uma banda no mundo!!

Foi mais uma revolução na Eurovisão! Já nada será como dantes, à parte as horrorosas baladas Irlandesas e as cançonetas Lusas de trazer por casa. Esta vitória reconciliou a juventude com a Eurovisão e pede aos velhos para não votarem mais. E lembra que é preciso uma varrida na incompetência de quem estando à frente da RTP não percebe nada do assunto e nem quer perceber por espírito de funcionalismo público: não lhes dêem trabalho, que assim continuam a viajar ao estrangeiro à custa do contribuinte e do nome Portugal, porque se ganhassem lá teriam que ficar na terra e imaginam o que teriam então de trabalhar? Fora com eles!!!

Foi mais uma revolução na Eurovisão! Já nada será como dantes, à parte as horrorosas baladas Irlandesas e as cançonetas Lusas de trazer por casa. Esta vitória reconciliou a juventude com a Eurovisão e pede aos velhos para não votarem mais. E lembra que é preciso uma varrida na incompetência de quem estando à frente da RTP não percebe nada do assunto e nem quer perceber por espírito de funcionalismo público: não lhes dêem trabalho, que assim continuam a viajar ao estrangeiro à custa do contribuinte e do nome Portugal, porque se ganhassem lá teriam que ficar na terra e imaginam o que teriam então de trabalhar? Fora com eles!!!

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