Como seria bom que José Pacheco Pereira estivesse errado. Mas não está.

Há dias fiz aqui eco de uma pergunta do Paulo Gorjão onde se constatava o silêncio dos parlamentares portugueses. Hoje Vitalino Canas (PS) falou pondo os cartunistas ao nível dos fundamentalistas que ameaçam, perseguem e destroem. É por estas e por outras (a do MNE ontem, por exemplo) que os partidos falham, rotundamente, descredibilizam-se.

É caso para perguntar (só com uma pitadinha de exagero) se algum dia, em algum canto do país, alguém com acesso ao grande público, membro do PS, terá discutido, conversado, pensado sobre as questões levantadas directa e indirectamente pelas caricaturas, sua transformação em exemplo odioso e posteriores reacções. Tirando as excepções que pontuam na blogoesfera, gostava de ouvir alguém do PS, que tenha, no mínimo, assento no Parlamento, refutar abertamente as declarações de hoje do seu colega Vitalino Canas. O odioso cobre-os a todos ou só a alguns? É que isto da disciplina partidária tem este outro efeito secundário.

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