Conforme tenho aqui dado notícia, o João H De Deus tem vindo a editar uma sucessão de posts sobre energia nuclear. Além de alguma informação que o João está melhor capacitado para dar – atendendo à sua formação académica – ofereceu-nos aquilo que, agora que terminou a referida sucessão de posts, me parece a mais razoável posição sobre o tema.

Termina com vários alertas e, essencialmente, convida-nos a não apostar apenas num cavalo, seja ele qual for, tendo bem presente que não há soluções miraculosas, totais e inóquas tanto em termos ambientais quanto estratégicos; diversifiquemos a carteira de fontes energéticas.

Como alguns leitores poderão imaginar, estou em plena sintonia com o que o João escreve n’A Metamorfose. Um excerto:

" (…) A crise (de origens várias) e a volatilidade da indústria energética com base em combustíveis fósseis (veja-se o impacto da crise actual do gás natural russo) motivam a procura de novas soluções energéticas. A energia nuclear é uma delas. Mas não é a única e não produz, em Portugal, a independência defendida por muitos. Talvez seja uma solução rápida e segura (pelo menos, mais do que é comum assumir) para os próximos trinta anos. A melhor aposta para o futuro, contudo, continua a ser na investigação de novas formas de produção de energia; de formas com menos externalidades negativas ambientais, económicas e sociais. E para garantir essas soluções é preciso apostar fortemente na investigação científica: promover novos consórcios internacionais, participar fortemente nos actuais e apostar na interacção entre as universidades e o tecido empresarial. Se o tivessemos começado a fazer há trinta anos, não teria escrito esta série de posts.

Ler: Energia Nuclear (V); Energia Nuclear (IV); Energia Nuclear (III); Energia Nuclear (II); Energia Nuclear (I)"

in A metamorfose 

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