Proximidade e mão amiga. “Proximizade”, feita do entusiasmo voluntário de quem quer ajudar a combater a apatia, a dispersão e a insensibilidade que nos ameaça se continuarmos indiferentes ao que se sabe e ao que se vê.
Aqui, já está a acontecer.
HÃ?
Pessoas que precisam, invisÃveis. E pessoas que têm muito para dar, quando não desperdiçam. Tempo, motivação, consciência. E dinheiro, também.
Entre este binómio, uma via de comunicação. A blogosfera, internet no seu melhor quando o que se escreve e o que se lê tendem a conjugar-se no verbo aproximar.
Dois mundos nos antÃpodas, um vÃtima dos excessos e outro à mÃngua das suas migalhas. Gente com fome, crianças, que sobrevivem apenas para ganharem forças para fugir à miséria. Rumo ao lado de cá, que os recusa.
A caridade já não basta e é necessária intervenção. Amizade em estado puro, reunida por gente que bloga em torno de um objectivo comum: fomentar a generosidade como uma urgência e canalizá-la para as melhores mãos (as mais necessitadas).
Proximidade e mão amiga. Proximizade, feita do entusiasmo voluntário de quem quer ajudar a combater a apatia, a dispersão e a insensibilidade que nos ameaça se continuarmos indiferentes ao que sabe e ao que se vê. E ao que se deixa por sentir.
Nós sentimos assim. E acreditamos numa sociedade que quer sentir da mesma forma e intervir sem demora.
Aqui, já está a acontecer.
2 replies on “Proximizade”
Já lhe enviei felicitações, sinceras. Eu, se tivesse ajuda, gostava de ser capaz de apadrinhar o bairro-que-ninguém-quer, Zambujal, perto de Alfragide.
Entretanto, vou partilhando com o computador desalento e muitos porquês.
E VÃO 30 ANOS DE ABRIL !
O COMBATE Ã POBREZA E AO SUBDESENVOLVIMENTO Ã UM DEVER DE PATRIOTISMO
Em meu entender, para combater a pobreza e o subdesenvolvimento, é absolutamente imperioso:
1.Combater feroz e eficazmente a evasão fiscal e contributiva para investir parte significativa do produto dos impostos em medidas sociais verdadeiramente integradas.
2.Aumentar a rede de infantários, creches e do ensino pré-escolar (com mensalidades reduzidas ou com base nos rendimentos familiares, sendo gratuito para os utentes do Rendimento Social de Inserção).
3.Alargar a duração do ensino pré-escolar e do ensino básico até à s 19/20horas (ex: de manhã ensino, à tarde acompanhamento dos trabalhos de casa e actividades lúdicas â sendo este horário facultativo).
Poderia fazer-se experiências piloto nas zonas com população mais desfavorecida â normalmente nas periferias das grandes cidades.
4.Prevenir eficazmente o abandono escolar, atribuindo à s escolas meios de apoio e intervenção social para visitar e apoiar as famÃlias das crianças e jovens com indicadores de ausência à escola (é sabido que as âfamÃliasâ? carenciadas e desestruturadas não vão à s reuniões nem sequer respondem à s cartas enviadas pela escola). O único âcastigoâ? é que, 3 ou 4 anos depois, não recebem o abono dos filhos, que entretanto já estão na marginalidade. Assim se âperdemâ? jovens e se âganhamâ? delinquentesâ?.
5.Fazer uma ampla e eficaz intervenção social e urbanÃstica nos bairros sociais (é perniciosa a desresponsabilização que deixa degradar habitações que todos pagamos â Saepe ignoscendo, des iniuriae locum (Publilius Syrus) âdesculpando com frequência, darás lugar à injustiçaâ?), nos quais devia inclusivamente existir pequenos centros de atendimento de emprego e formação profissional (ex: calceteiros, jardineiros, cantoneiros, etc.) â até de obtenção de documentos, nas juntas de freguesia, por exemplo.
6.Investir mais em habitação social (cumprindo a legislação que prevê alguma formação cÃvica e acompanhamento social em várias vertentes e não apenas entregar as habitações e despejar as pessoas lá para dentro) e em habitação a custos controlados de forma a que pessoas que têm baixo salário e de quem todos necessitamos, possam alugar casa (ex: onde pode habitar um agente da PSP ou um padeiro ou uma empregada de limpeza? â excepto se viverem em habitação social ou em casas abarracadas).
Claro que é mais fácil dizer, desdenhozamente, que os portugueses não querem certos trabalhos – de que lhes servem uns 300 ou 400 euros se forem jovens com filhos e tiverem que pagar rendas recentes, transportes, alimentação, creches etc. ?
7.Combate, eficaz e sem tréguas, nem, sobretudo, listas de espera, ao alcoolismo, donde decorre imensÃssima pobreza e subdesenvolvimento.
8.Combate, eficaz e sem tréguas, nem, sobretudo, listas de espera, à toxico-dependência – não é seguramente o internamento de uma semana e uns comprimidos que o conseguem.
Será patriota quem assim não pensa e quem não cumpre os deveres de cidadania, incluindo o próprio Estado ?
Estarão conscientes de que são estas atitudes que colocam Portugal no 15º lugar e seguramente em breve no 25º lugar como paÃs mais pobre e subdesenvolvido da Europa ?
Citando Inês Pedrosa, âda Nação Valente à Pátria Amada, são umas 10 horas de avião…â?.
Com tantos recém licenciados no desemprego ou a trabalhar em lojas, etc.,(psicólogos, assistentes sociais, arquitectos, advogados) por que não recriar um serviço cÃvico de um ano, por exemplo, minimamente remunerado, e aproveitá-los para fazer o que sabem em prol de um combate nacional ao nosso subdesenvolvimento ?
Por que não criar estruturas mistas â autarquias, misericórdias, centros de emprego, por exemplo â e incentivar os cidadãos reformados ou em situação de pré-reforma, para aderir a esta causa ? Eu sei que algumas já existem, mas são muito insipientes dada a grande necessidade, e nada divulgadas na comunidade.
Maria Odete Teixeira Pinto
Dia Mundial de Luta contra a Pobreza
P.S. 1.: Um pai, pobre, porque é alcoólico e não quer trabalhar, o que é comum nos alcoólicos e nenhuma lei o obriga a trabalhar para assegurar o sustento dos filhos, desrespeitando os direitos da criança, é preso por tráfico de droga. Alguém (tribunal?, prisão ?) o interroga sobre a subsistência dos filhos que tinha à sua guarda e que, claro, abandonaram a escola porque os pais nem sequer sabem o que é negligência, nem regras ?
à óbvio que os filhos subsistem da venda de droga. Até serem apanhados. Claro que, vendo os âcromosâ? da bola e respectivos painéis publicitários, tudo com âmarcasâ?, eles só querem vestir e calçar âmarcasâ?. Quem paga?, Quem é o culpado?, Quem e Quantas são as vÃtimas? – as vÃtimas são eles próprios, sem sequer o imaginarem, e somos todos nós pais e avós dos que são seduzidos a consumir droga, e os cidadãos em geral que são assaltados e roubados.
P.S. 2.: Porque é que aos beneficiários do Rendimento Social de Inserção não é logo entregue um documento com os seus nomes e as verbas atribuÃdas, válido pelo mesmo tempo desse subsÃdio, evitando que pessoas sem meios tenham que se deslocar novamente à Segurança Social, enchendo uma vez mais os serviços, já de si saturados, para obter esse documento de forma a exibi-lo no centro de saúde, para ficarem isentos das taxas moderadoras?
P.S. 3 : Porque é que nunca foi regulamentada a Lei que criou o Rendimento MÃnimo, na parte que se refere à reinserção social . Por que não se criam empregos sociais, como em Espanha, onde as pessoas que não têm qualificações suficientes, fazem trabalhos úteis à comunidade (limpeza de ruas, espaços verdes, etc.) e além disso descontam para as suas reformas.
Em Portugal parece ser mais fácil entregar o dinheiro (que todos pagamos) e criar, efectivamente, a perniciosa subsÃdio-dependência.
P.S. 4 : Como gostaria de saber que alguém no mundo lia, num qualquer jornal: “ministra/o de educação, em Portugal (europa), criou uma disciplina de educação pela arte, com ênfase especial na música. Desde a infância, os alunos aprendem a apreciar e sentir a beleza e a criatividade. Esta medida tem reduzido significantemente o insucesso e o abandono escolar. Também a violência e a delinquência juvenil desceram vertiginosamenteâ?.
Partilho de muitos dos pontos que refere Odete. Talvez os empregos sociais estejam para breve, por exemplo.