Julgo que na vida de um cidadão comum, são poucos os momentos em que este julga saber mais do que o jornalista ou está em condições de confirmar ou negar notícias. Comigo esses momentos têm sido raros mas dotados de uma particularidade comum a quase todos eles: é costume verificar que a dita cuja está absolutamente errada ou, então, que alguém mente descaradamente.

Não é exactamente o caso, mas estou em condições de complementar a notícia que veio a público na semana passada, por exemplo aqui: "A Marinha pretende impedir a passagem à reserva dos militares com menos de 36 anos de serviço".

A Marinha está a chamar reservistas para o activo. Dou como exemplo um familiar meu com mais de 38 anos de serviço e mais de 56 anos de idade.

Naturalmente, é um direito que assiste ao Estado, faz parte da natureza de estar na reserva. Também é certo que a situação faz particular sentido quando está em perigo o funcionamento do ramo, constatação que impressiona quando não se adivinha nenhuma catástrofe, conflito iminente… Admitamos que se trata de um problema de despesa pública para não começar a desenrolar um rosário com a identificação de erros sucessivos de má gestão por acção ou omissão. Adiante.

Julgo é que é conveniente divulgar esta convocação de reservistas (algo que não transpareceu das notícias da semana passada) para que se saiba exactamente que, contrariamente ao que apodam outros concidadãos, passar à reserva não é o mesmo que começar a reforma.

Já que os militares da Marinha têm esse "proveito", atribua-se-lhes a fama. É de justiça.

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