A propósito desta posta do JCD:
“Haja Respeito Pelas Minorias!
Se me acusarem de ser benfiquista, desminto, mas não digno que é indigno. Seria um insulto para todos os benfiquistas.
Se me acusarem de ser bloquista, desminto, mas não digo que é indigno. Seria um insulto aos bloquistas. (E à minha inteligência, também).
Então, porquê dizer que uma acusação de homosexualidade é indigna? Bastaria desmentir, não?”
um pouco de troco:
Se andassem à caça de judeus e o Estado te pedisse para pores num papel uma cruzinha correspondente à tua religião, preenchias o impresso, JCD? Afinal, bastaria desmentir que não eras Judeu para não teres chatices.
O que indigna é que ao espalhar o boato, ao transformá-lo em argumento, Santana Lopes aprovou uma lógica acusatória que envolve a orientação sexual de outrém. Há “respostas” que não podem ser dadas e é exactamente aí que deve terminar a confrontação com o boato. Exigir a quem o ouve que não se limite a ouvi-lo.
Todos devem ter liberdade para preservar um mínimo de privacidade e isso só se manterá se todos contribuirmos para recusar o escrutínio que serviu de pretexto ao boato. Nem sequer o mais discutível argumento da coerência política pode ser utilizado pois em nenhum momento Sócrates fez dos valores homofóbicos a sua cartilha.
Naturalmente o boato não procura qualquer resposta. Nem este teu post se afasta do boato em si, serve mais os propósitos de corolário de toda a campanha. Parabéns.