A propósito do meu penúltimo post (A Soma Negativa) o Luís Novaes Tito oferece-me alguma réplica no excelente Tugir. Ora passem por aqui se fazem favor.
Permitam-me agora um breve apontamento em jeito de resposta.
Caro Luís,
Não acho que Guterres tenha sido o excelente primeiro ministro de que o Luís fala. Tal como não acho que o PS tenha feito a análise/a crítica devida – primeiro interna e depois projectada para o exterior por via de novas políticas – à sua anterior governação.
Atendendo a estas premissas, acho que o próprio partido não criou condições para poder apresentar Guterres sem traumas e sem afrontar todos aqueles que não tiveram o consulado de Guterres como excelente.
Se atentar ao que escrevi, caro Luís, verá que em nenhum momento ponho em causa o direito e o dever de um partido assumir o seu passado, nomeadamente dando lugar a Guterres num comício.
Digo é que essa aparição só faria sentido após um processo de aprendizagem e evolução do partido, uma preparação activa e não passiva (ao sabor dos efeitos do tempo). Se Guterres aparece, como apareceu, com todos a dizerem quão excelente foi a sua governação, fico preocupado. PS sim, o mesmo PS não.
Quanto a Durão Barroso ou Cavaco ou Santana e os seus cartazes: com o mal dos outros…
Escuso-me a ir pela história do pântano pois encontraria argumentos demasiado… pantanosos, parece-me contudo que a raciocínio do Luís quanto à causa-efeito me parece demasiado linear.