As assistências record do Estádio de Alvalade parecem servir de excepção para uma regra que se confirma cada semana que passa. Temos mais nove estádios, quase exclusivamente destinados ao futebol, às moscas. Findo o Euro-2004 para que servem os estádios? Onde se arranjará o dinheiro para pagar os seus custos de manutenção? Quem é responsável por eles, pela sua rentabilização? Tudo perguntas ouvidas até à exaustão antes do evento se realizar. Hoje está na hora de as recuperarmos para memória futura.
O balanço dos prós e dos contras da realização do Euro em Portugal ainda se está a fazer e deve-se fazer ao longo dos próximos anos. Pelo que lêem no post anterior essas lições são muito importantes, até para julgarmos as “novas” propostas de salvação regional e as políticas de intervencionismo económico com o patrocínio do Estado… Se somarmos a preparação da regata em Cascais com os subsídios aos campos de golfe no Algrave se calhar já sobra dinheiro para outro subsídio social de inserção. Já fizeram as contas?
P.S.: Que o jogo de hoje em Alvalade seja tão bom como o da passada quarta-feira na luz e que volte a ganhar a equipa da casa.
2 replies on “Um milhão de espectadores e as prioridades políticas”
bem dito. uma singela questão, de onde surgiram esses novos estádios? geração espontânea?
[lembro que há alguns meses escrevi sobre o desvario do euro e algum bloguista, não tu claro, me mandou ler o projecto do euro, onde se comprovava o grande incentivo que tudo iria ser para o desenvolvimento do país. Mas que a mudança de governo tudo tinha inviabilizado…a incompetência tinha prejudicado o futuro]
Agora vou ali descansar, À espera de 2007 (candidaturas aos jogos olimpicos ou mundiais, que já em 1997 me vinham vender a maputo, os mesmos velhinhos que ainda lá andam)
depois hei-de torcer (De angústia, claro)
[o que me apetecia dizer era, agora vou ali fumar umas coisas para esquecer isso tudo. e o post]
Haverá alguém que não se lembra de onde surgiram esses estádios, caro jpt?