Há poucos dias acenderam-se luzes no extremo Norte habitado do Canadá, em Israel, no Sul da Austrália, mais umas quantas na península arábica… Em Moçambique há um candeeiro (olá José Flávio), no Brasil (os Despenseiros e muitos outros) e nos Estados Unidos há vários (olá Nuno Guerreiro, olá João HJ, olá visitante de longa data que aqui chega regularmente do Worldbank)… Há duas semanas uma outra luz nos confins da Amazónia pôs-me a pensar num velho que lia romances de amor.
Há lá coisa mais estimulante para um mamífero curioso do que um mapa vagamente familiar cheio de cativantes ilustrações iluminadas por luzes tremeluzentes?
Isaac Assimov uma vez escreveu que foi o que foi em boa parte porque ficou fascinado pelos mapas. Primeiro o de Brooklin, depois o de Nova Iork, do seu país, do mundo e não ficou por aí. Foi divagando de forma informada rumo às estrelas e ao amago do átomo partilhando o que via como cartógrafos renascentistas fizeram dos vários mundos. Repetiu um raciocínio simples, um exercício para-enciclopédico.
Pudesse eu dizer ter feito uma fracção do mesmo, no final do meus dias, e dispensava algumas respostas às questões filosóficas mais universais. Provavelmente, nunca passarei de um banal diletante mas ainda sonho com esta secreta grandeza de que partilho aqui uma face.
E agora vou tomar uma vacina; a ver se acabo a correspondência de Fradique Mendes.