Ontem no Jornal de Negócios, em primeira página, podia-se ler:

Subsídios
Tempo para receber prestações sociais
Desemprego: 52 dias.
Social de Inserção 250 dias.
Doença: 36 dias.
Familiares: 37 dias.

No interior do jornal lia-se que se trata de informação pela primeira vez divulgada publicamente, relativa a valores médios nacionais.

Que política é esta que demora 250 dias (335 dias em Lisboa) a atribuir o Rendimento Social de Inserção (RSI), uma prestação social vocacionada para atender a situações de emergência.
Perante isto, toda a discussão em torno dos aproveitamentos ilícitos desta medida se apresenta ridícula. Que eficácia poderá ter uma prestação de emergência sujeita a este brutal condicionalismo de estar quase um ano à espera de magra salvação?
Adivinho que tenha sido esta a principal consequência da mudança de nome da prestação promovida para actual Governo. Em defesa dos pobres e desfavorecidos.

A complexidade deste trabalho [de avaliação das condições das famílias] associada ao reduzido número de técnicos, leva a que esta prestação, supostamente social, demore 250 dias” lê-se ainda no jornal. Deve ser mais fácil simular um desemprego e ir recebendo o subsídio à pala do que enganar a malta do RSI, tudo a bem da equidade.

Este post é dedicado ao Abrupto, tenaz combatente contra o rendimento mínimo, bem como, ao futuro Governo.

Discover more from Adufe.net

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading